- 6 de set.
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Atualizado: 6 de set.

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Banqueiros (Faria Lima), Latifundiários (Agronegócio) e Brasília (Políticos) – o "Estamento Burocrático Brasileiro":
do Caudilismo Warlordista Pré-Republicano,
rumo ao "Fascismo Brasileiro".
Autor: ADAM TELLES DE MORAES
Qualificações: Habilitação Nacional de Advogado - OAB (Código da credencial: 155744/RJ)
Professional development certificate in Global Business Management - Massachusetts Institute of Business - MIB (Código de credencial 7F40D3D8-0AF7-4F30-AFFE-38B39EC7ECD3)
Abstract
This paper analyzes the Brazilian power structure, termed the "Brazilian Bureaucratic Establishment," arguing its functional convergence toward a form of control analogous to a "Technocratic Consumerist Fascist State" (Fascism 2.0). Drawing upon Professor Jiang Xueqin's theory of "Gerontocracy" as the hidden driver of Western decline, the study posits that this Brazilian establishment—a symbiotic alliance of financiers from Faria Lima, agribusiness magnates, and the political class in Brasília—is a de facto gerontocracy of interests. The analysis dissects how this establishment perpetuates a rentier, commodity-exporting economy, leveraging high interest rates to attract global capital through carry trade, while deliberately marginalizing domestic productive sectors. The paper demonstrates that this system is maintained through a sophisticated application of both soft power—utilizing political parties and seemingly democratic processes as a legitimizing veil—and hard power—manifested through institutionalized violence, such as police militarization, and particularly, through judicial activism. It critically examines the role of the Supreme Federal Court (STF) in creating a "protectionist jurisprudence" that safeguards the status quo and neutralizes political challenges, thereby serving as the ultimate guarantor of the bureaucratic establishment's continuity. The study concludes that the systemic reliance on an apathetic, consumerist citizenry is the core vulnerability that allows this new form of power to thrive, underscoring the shift from classical state-enforced terror to a more subtle, yet pervasive, form of techno-political control.
Keywords: Brazilian Fascism; Bureaucratic Establishment; Caudillism; Gerontocracy; Judicial Activism; Rentism; Soft Power; Hard Power.
Resumo
Este artigo analisa a estrutura de poder brasileira, denominada de "Estamento Burocrático Brasileiro", argumentando sua convergência funcional para uma forma de controle análoga a um "Estado Fascista Tecnocrático Consumerista" (Fascismo 2.0). Baseando-se na teoria do Professor Jiang Xueqin sobre a "Gerontocracia" como o motor oculto do declínio ocidental, o estudo postula que este estamento brasileiro — uma aliança simbiótica de banqueiros da Faria Lima, magnatas do agronegócio e a classe política de Brasília — é uma gerontocracia de interesses de fato. A análise disseca como este estamento perpetua uma economia rentista e exportadora de commodities, utilizando juros altos para atrair capital global através do carry trade, enquanto marginaliza deliberadamente os setores produtivos internos. O artigo demonstra que este sistema é mantido através de uma aplicação sofisticada de ambos o soft power — utilizando partidos políticos e processos aparentemente democráticos como um véu de legitimação — e o hard power — manifestado através da violência institucionalizada, como a militarização policial, e, em particular, através do ativismo judicial. É examinado criticamente o papel do Supremo Tribunal Federal (STF) na criação de uma "jurisprudência protecionista" que salvaguarda o status quo e neutraliza desafios políticos, servindo, assim, como o garantidor final da continuidade do estamento burocrático. O estudo conclui que a dependência sistêmica de uma cidadania apática e consumerista é a vulnerabilidade central que permite que esta nova forma de poder prospere, sublinhando a mudança do terror clássico imposto pelo Estado para uma forma mais sutil, porém pervasiva, de controle tecno-político.
Palavras-Chaves: Fascismo 2.0; Soft Power, Hard Power; Capitalismo de Vigilância; Geopolítica; Direito Internacional.
1. Introdução
1.1. O Problema de Pesquisa e a Tese Central
A paisagem geopolítica contemporânea é marcada por uma série de paradoxos que desafiam as categorias analíticas tradicionais. Conforme apontado por teóricos como o Professor Jiang Xueqin ¹, os "sinais do declínio ocidental" ¹ se manifestam em uma dicotomia alarmante: a ascensão dos preços de ativos financeiros e imobiliários, em contrapartida à estagnação do crescimento econômico real e à deterioração da qualidade de vida. Este fenômeno, embora aparentemente contraditório, revela um sistema que beneficia seletivamente um grupo restrito, privilegiado e rentista.
A teoria da "gerontocracia", a qual sugere que os "aposentados ricos" são os principais beneficiários dessa dinâmica, é um valioso ponto de partida para a compreensão de quem, de fato, se beneficia da crise sistêmica.1 Este grupo, detentor de ativos financeiros e imobiliários, demanda mão de obra barata provida pela imigração em massa e a desoneração de sistemas de saúde através de políticas como a eutanásia para os mais pobres.
A pergunta central deste estudo, portanto, é a seguinte: como a estrutura de poder no Brasil, que se convencionou chamar de "Estamento Burocrático Brasileiro", se encaixa e se beneficia de uma lógica análoga, convergindo funcionalmente para o que se denomina, para fins analíticos, "Fascismo Brasileiro"?
A tese central deste artigo é que o "Estamento Burocrático Brasileiro" – a tríade de “Banqueiros da Faria Lima”, “Latifundiários do Agronegócio” e “Políticos de Brasília” – é a manifestação local de uma "gerontocracia de interesses". Este estamento cooptou, ao longo do tempo, mecanismos de poder (denominados soft power e hard power) para perpetuar um sistema econômico rentista e extrativista, que utiliza a fachada de instituições democráticas para mascarar um controle de poder que se assemelha, funcionalmente, ao "Fascismo 2.0", conforme detalhado no documento anexo.3
Este modelo brasileiro não se manifesta por meio de uma ideologia clássica, mas sim por uma arquitetura de controle tecnocrático que opera na negação do desenvolvimento interno e na instrumentalização da apatia popular, a "cidadania consumerista".3
1.2. Referenciais Teóricos e Estrutura do Artigo
A presente análise transcende a mera descrição factual, buscando identificar as relações causais e as lógicas subjacentes à dinâmica de poder no Brasil. Para isso, são utilizados dois referenciais teóricos principais:
A tese da Gerontocracia de Jiang Xueqin: Proposta como uma lente para desvelar o beneficiário oculto das políticas de declínio ocidental, essa teoria é transposta para o contexto brasileiro. Argumenta-se que a "gerontocracia" não se limita a um grupo etário, mas sim a uma classe de poder que, por já ter consolidado sua riqueza, vive de rendas e rentismo, preocupando-se apenas com a segurança e a manutenção do status quo, em detrimento de mudanças que beneficiariam a juventude e a classe produtiva.
O conceito de "Fascismo 2.0": Estudos ³ nesse sentido oferecem uma metáfora heurística para uma nova arquitetura de poder que se desvincula de ideologias clássicas, utilizando tecnologia, consumismo e controle social de forma sutil e pervasiva.3 Este estudo utiliza a distinção entre soft power e hard power revisada pelo documento para entender como a coerção e a persuasão se manifestam na era digital e na política contemporânea.3
A estrutura do artigo foi concebida para conduzir o leitor de forma coesa por uma argumentação complexa. Inicia-se com as raízes históricas do poder no Brasil, passando pela análise da dinâmica econômica do rentismo, e culmina na correlação dos mecanismos de poder com o modelo "Fascismo 2.0". A análise do ativismo judicial do STF é um ponto crucial, pois demonstra como o poder de controle se tornou, em última instância, uma função do Judiciário. A conclusão sintetiza todas as premissas para apresentar a tese final sobre o "Fascismo Brasileiro" e o papel da "cidadania consumerista" em sua manutenção.
2. O Estamento Burocrático Brasileiro: Raízes Históricas e Configuração Atual
2.1. Do “Caudilismo” (“Warlordista”) à República Oligárquica
A compreensão do poder no Brasil contemporâneo é indissociável de sua formação histórica. O "Estamento Burocrático Brasileiro" não é um fenômeno recente, mas a evolução e a sofisticação de uma estrutura secular de poder. Suas raízes podem ser rastreadas até o "caudilhismo" e o "coronelismo" do período pré-republicano e da Primeira República.4 O caudilho era um líder político e militar, muitas vezes com grandes propriedades rurais, que consolidava poder por meio de carisma, clientelismo e força militar.5 Essa liderança personalista e autoritária, típica da América Latina pós-independência, preenchia o vazio de poder do governo central.6
A Ligação Direta entre “Caudilhismo” e “Coronelismo” da experiência histórica brasileira com o denominado “Warlordismo” descreve perfeitamente o cerne do "caudilhismo" e do "coronelismo" no Brasil, como podemos ver nos tópicos a seguir:
Liderança Personalista e Autoridade Local: O caudilho e o coronel eram figuras que detinham poder não por instituições formais sólidas, mas pela sua força pessoal, influência local e, muitas vezes, controle de recursos (terra, milícias). Eles operavam como senhores feudais modernos, ditando regras e exercendo autoridade em suas esferas de influência;
Preenchimento do Vazio de Poder: Essa estrutura de poder local, muitas vezes carismática e baseada em lealdade pessoal (clientelismo), surgia e se fortalecia onde o Estado central era fraco ou ausente. Eles efetivamente substituíam o Estado para a população local;
Uso da Força e Carisma: A consolidação do poder se dava não apenas pela persuasão ou carisma, mas também pelo uso da força militar ou de grupos armados, além da teia de favores e dependência.
Assim, o "warlordismo" é, em essência, um sistema onde o poder é exercido por senhores da guerra ou líderes militares locais que controlam um território e sua população através do uso da força e da manutenção de exércitos privados. Eles são os donos do poder de fato, operando independentemente ou com pouca subordinação a um governo central.
Logo, a correlação é que o caudilhismo e o coronelismo brasileiros são manifestações históricas e regionais do fenômeno global do warlordismo. como podemos observar a seguir:
Fragmentação do Poder: Ambos os modelos se baseiam na fragmentação do poder estatal, onde líderes locais, armados ou com forte influência coercitiva, se tornam a autoridade suprema em suas regiões;
Autoridade (acima e como justificativa de qualquer “legalidade”) baseada na Força e Lealdade Pessoal: A legitimidade do líder não emana de um processo democrático ou institucional, mas sim de sua capacidade de impor sua vontade pela força, pelo medo e pela criação de laços de dependência e lealdade pessoal (clientelismo é a versão "civilizada" da lealdade forçada);
Governo Paralelo: Onde o Estado é fraco, o warlord (ou o coronel/caudilho) cria seu próprio sistema de justiça, tributação (muitas vezes informal), e segurança. Eles são, na prática, um governo paralelo que opera dentro do território que controlam.
Resistência à Centralização: O "Estamento Burocrático Brasileiro", com suas raízes nesse passado, pode, em certos aspectos, perpetuar ou reproduzir mecanismos que favorecem essa fragmentação ou o surgimento de poderes de fato locais, mesmo que disfarçados em estruturas burocráticas. O poder que emana de redes informais, do controle de recursos e da capacidade de mobilização local pode se sobrepor à autoridade formal.
Em suma, o warlordismo é o conceito mais amplo e bruto de exercício de poder por líderes locais através da força e controle territorial, e o caudilhismo/coronelismo brasileiro são suas adaptações históricas e culturais dentro do contexto nacional.
Ambos representam um "governo" onde a força e a lealdade pessoal superam a lei e a instituição.
Assim, No Brasil, esse fenômeno encontrou sua materialização no "coronelismo", onde os "coronéis" eram líderes agrários que exerciam controle sobre milícias armadas privadas em suas vastas áreas rurais.5 A relação era de clientelismo, uma forma de "troca de favores" onde benefícios públicos e fiscais, empregos e vantagens econômicas eram concedidos em troca de suporte político e votos.7 Este sistema de privilégios e subversão da autoridade estatal em favor de poderes locais já existia no período imperial, mas se tornou mais evidente com o advento da República em 1889.4
A República Oligárquica (1894-1930) foi a formalização deste sistema de poder.
O poder político do país estava detido por poucas oligarquias locais, principalmente as cafeeiras de São Paulo e as de Minas Gerais, que se alternavam no controle da Presidência da República na chamada "Política do Café com Leite".8 A "Política dos Governadores", um arranjo de troca de favores entre o Governo Federal e as oligarquias estaduais, garantia que o poder real não estivesse no voto popular, mas nas mãos de uma elite agrária que usava o Estado para beneficiar a si mesma.8 A violência e o clientelismo do passado não desapareceram; eles foram institucionalizados e se tornaram o alicerce de uma estrutura de poder aparentemente "democrática".
O que se postula é que o "Estamento Burocrático Brasileiro" de hoje é a evolução e a sofisticação dessa estrutura secular. O caudilho ruralista de ontem, com sua milícia privada, é o precursor do latifundiário do agronegócio de hoje, financiada por instituições financeiras de famílias tradicionais a facções criminosas, que exerce seu poder de forma institucionalizada através de uma poderosa bancada parlamentar.10 O coronel que controlava o clientelismo local foi substituído pelo banqueiro que controla o fluxo de capital, e o político de Brasília atua como o mediador e garantidor do status quo para ambos. O poder real não se manifesta mais pela força bruta direta, mas por mecanismos econômicos e jurídicos muito mais sutis e pervasivos.
2.2. A Tríade do Poder Contemporâneo: Faria Lima, Agronegócio e Brasília
A dinâmica de poder no Brasil contemporâneo é definida pela articulação de três pilares que se retroalimentam: o setor financeiro (representado pela Faria Lima), o agronegócio extrativista e exportador e a classe política de Brasília.
O Papel dos Banqueiros (Faria Lima): A Avenida Faria Lima é o coração financeiro do Brasil, concentrando grandes empresas e investidores.11 Este setor exerce uma influência significativa sobre as políticas fiscal e monetária do país. A sua agenda, defendida por economistas e think tanks liberais, se baseia na "austeridade fiscal", que visa a limitação de despesas sociais e investimentos públicos, mantendo a economia em um estado de desaceleração.11 Esta política, por sua vez, sustenta a necessidade de juros elevados, beneficiando o rentismo e a acumulação de capital através de títulos de renda fixa.12 O setor financeiro, ao se tornar o principal motor de lucro através da especulação e não da produção, transforma a economia nacional em um refém de suas próprias políticas, em uma dinâmica descrita como uma "Síndrome de Estocolmo".11
O Papel dos Latifundiários (Agronegócio): O agronegócio é, sem dúvida, o principal motor de receita em dólar do Brasil, solidificando a imagem do país como a "Fazenda do Mundo". As raízes históricas do poder agrário persistem na forma de uma poderosa "bancada ruralista" no Congresso Nacional, que se tornou um ator político fundamental na aprovação de leis que atendem aos interesses dos agentes hegemônicos do setor.10 Essa bancada, com um número expressivo de parlamentares na Câmara e no Senado, atua para garantir a continuidade de políticas que favorecem a concentração de terra e a exploração de commodities, muitas vezes em detrimento da sustentabilidade ambiental e dos direitos constitucionais de populações tradicionais.14
O Papel de Brasília (Políticos): A classe política atua como o elo de ligação e o garantidor institucional dessa dinâmica. É em Brasília que os interesses da Faria Lima e do Agronegócio são traduzidos em legislação, políticas públicas e jurisprudência que garantem a manutenção do status quo [User Query]. O sistema é projetado para que a reeleição ou eleição das famílias políticas dependa do alinhamento com os interesses hegemônicos, criando um ciclo de perpetuação de poder. A dinâmica não se baseia em um projeto de desenvolvimento nacional abrangente, mas na interdependência de interesses que se retroalimentam: o Agronegócio gera o dólar, a Faria Lima o capital rentista e Brasília a garantia institucional que sustenta o tripé.
3. A Dinâmica Econômica da Apatia e do Rentismo
3.1. Juros Altos e a Lógica do Carry Trade
A política monetária do Brasil, historicamente marcada por taxas de juros elevadas, é um pilar central da tese do "Fascismo Brasileiro" e da dinâmica de poder do Estamento Burocrático. A taxa Selic, que em um passado recente já atingiu picos como 15% ao ano, influencia diretamente o custo do crédito e o rendimento de investimentos.13 O principal mecanismo econômico que beneficia o Estamento Burocrático, nesse sentido, é o carry trade.15
O carry trade é uma estratégia financeira na qual um investidor toma dinheiro emprestado em uma moeda com juros baixos (como o dólar nos Estados Unidos) e o investe em títulos de dívida de um país com juros altos (como o real no Brasil). Essa diferença de juros, somada à possível variação cambial, gera um lucro significativo.15
Para os banqueiros e investidores da Faria Lima, essa operação é altamente atrativa, pois oferece um rendimento substancial com um risco relativamente gerenciável. O sistema de juros altos (o usuário cita a Selic em 15% como exemplo), que historicamente o Brasil pratica, torna a renda fixa mais atrativa do que o investimento em bolsa ou em setores produtivos.12
No entanto, essa política de juros altos tem efeitos sistêmicos devastadores para a economia real.
O alto custo do crédito desestimula o investimento produtivo, tornando empréstimos e financiamentos inacessíveis para pequenas e médias empresas.11 A indústria e os serviços perdem competitividade, a economia desacelera, e o desenvolvimento do mercado de consumo interno é marginalizado.
O sistema é projetado para canalizar a riqueza para a "renda fixa", onde o capital da elite rentista se multiplica sem a necessidade de trabalho, inovação ou risco.
Este modelo explica a desvalorização da mão de obra qualificada e o fenômeno do "fuga de cérebros" (brain drain), onde indivíduos talentosos e empreendedores abandonam o Brasil em busca de oportunidades em economias mais produtivas, e ainda assim, ironicamente, se juntam à "festa" do carry trade ao enviar seus dólares para investimentos em renda fixa no Brasil.
3.2. A Falência Seletiva dos "Campeões Nacionais"
A teoria capitalista clássica da "destruição criativa" de Schumpeter postula que a falência de empresas ineficientes é um mecanismo essencial para a renovação e o dinamismo do mercado.
No Brasil, o regime legal de falências e recuperação judicial, em tese, busca regular esse processo.17 Contudo, a tese deste artigo sugere que, na prática, esse regime "não se aplica mais" aos grandes monopólios ou "campeões nacionais" do país, como as empresas dos setores de celulose, frigoríficos, siderurgia ou telefonia.18
O caso da Oi é emblemático. A empresa, com uma dívida de R$ 65 bilhões, entrou com um dos maiores processos de recuperação judicial da história do Brasil.19
Em vez de ser submetida à falência, ela passou por um longo e complexo processo de reestruturação que resultou na conversão de dívidas em participação acionária.19
Este padrão não é uma exceção, mas a regra para as grandes corporações, cuja solução para a crise não é a falência, mas a "fusão ou aquisição com outros campeões do mesmo segmento".21
A aquisição da Sadia pela Perdigão para evitar a falência da primeira é um exemplo clássico dessa dinâmica.21
A suspensão da falência para as grandes corporações é a prova empírica de um "sistema de privilégios" que subverte a lógica de mercado nominalmente liberal.
Isso demonstra o caráter "tecnocrático" do modelo proposto: o poder não reside em um culto ao líder carismático ou em ideologias explícitas, mas na capacidade de manipular as regras do sistema, incluindo as normas jurídicas e econômicas, para proteger um grupo seleto de empresas e seus acionistas no poder.
A falência, nesse contexto, é um risco real apenas para as pequenas e médias empresas, que não têm o capital político ou econômico para serem "resgatadas". O sistema, portanto, protege a si mesmo em detrimento da livre concorrência e do desenvolvimento econômico mais amplo.
4. A Convergência Funcional: O "Fascismo 2.0" no Contexto Brasileiro
O modelo "Fascismo 2.0" é uma metáfora que descreve uma arquitetura de poder contemporânea que, embora desvinculada de ideologias clássicas, utiliza mecanismos tecnológicos e de controle social para garantir a dominação e a conformidade.3 Este modelo, exemplificado pelo ultranacionalismo tecnológico da China, encontra uma notável convergência funcional no Brasil. A coerção e a persuasão, os pilares do poder, não desaparecem, mas se manifestam de formas mais sofisticadas.
4.1. O Soft Power da Aparência Democrática
O soft power, tradicionalmente definido pela capacidade de atração e persuasão de um país através de sua cultura e valores 3, foi radicalmente transformado na era digital.
No Brasil, ele se manifesta na instrumentalização de partidos políticos e eleições como um "soft power" para legitimar o poder real. As redes sociais se tornaram a nova praça pública, onde a propaganda digital e a manipulação algorítmica moldam o ciclo de notícias e influenciam as decisões dos eleitores.3
Essa abordagem desmistifica a ideia de que a desinformação e a guerra de narrativas são exclusividade de regimes autocráticos; a política partidária ocidental, ao abraçar plenamente essas ferramentas, se torna uma máquina de persuasão que, em sua lógica, se assemelha ao aparato de controle de informação de estados totalitários.3
A tese do constitucionalismo Whig britânico, que defendia a supremacia do parlamento para limitar o poder 22, é utilizada, no contexto brasileiro, como uma fachada. A legitimidade "democrática" do sufrágio popular e do processo eleitoral é um meio para manter a continuidade do poder partidário hegemônico.
As regras eleitorais são frequentemente percebidas como "protecionistas", garantindo que as famílias políticas e os partidos alinhados ao Estamento Burocrático se mantenham no poder. Essa dinâmica é funcionalmente análoga à "democracia popular em processo integral" do Partido Comunista Chinês, que também busca manter a posição do povo como "dono do país" de forma "concreta e tangível" através de uma estrutura de poder centralizada e controlada.24 A "democracia" brasileira, nesse modelo, atua como um "véu de ignorância", não sendo um fim em si mesma, mas um meio para justificar o senso de continuidade do mercado de consumo interno e do poder de fato nas mãos de um grupo restrito.
4.2. O Hard Power Velado: Da Militarização à Violência Institucional
A manifestação do hard power — a capacidade de impor a vontade através da força e coerção — também se adaptou no Brasil. A visão da doutrina fascista italiana, particularmente a de Giuseppe Gentili, sobre o exercício do poder que se baseia em "armas e violência" 26, é recontextualizada para o modelo do "Fascismo 2.0" no Brasil.
Em vez de golpes militares clássicos, o poder coercitivo do Estado é exercido de forma dissimulada, através da militarização da força policial 3 e do uso de milícias.
A polícia, com a aquisição de equipamentos e táticas militares, exerce um hard power doméstico que antes era restrito a militares.3 Essa militarização não se destina a proteger o Estado de ameaças externas, mas a controlar protestos, suprimir a dissidência e adotar uma abordagem mais agressiva e coercitiva na manutenção da ordem social.3 O desarmamento da população civil, defendido e implementado através de políticas e legislação específicas, garante o monopólio da força pelo Estado.
Um elemento crucial nessa arquitetura de controle é a co-optação de uma camada de servidores públicos. A tese é que a lealdade de órgãos como a Polícia Federal é garantida por salários "certos e bem acima da média nacional".28 A Polícia Federal, por exemplo, "cumpre fielmente" as decisões dos polêmicos "inquéritos regimentais" do STF, baseando-se em uma "legalidade administrativa restrita", sabida se tratar de atos decisórios, administrativos e judiciais evidentemente tredestinados e abusivos, mas sob a justificativa de se tratar de reservas interpretativas do poder discricionário ou jurisdicional de suas respectivas autoridades, sob pena de ‘crime de opinião’...
Essa classe de servidores, por ter um padrão de vida garantido pelo status quo, não tem interesse em mudança, servindo como um pilar de estabilidade para o estamento burocrático. O uso do hard power se torna institucionalizado e cirúrgico, aplicado por uma classe que se beneficia diretamente da manutenção do sistema.
5. O Ativismo Judicial do STF como Mecanismo de Controle do Poder
A judicialização da política e o ativismo judicial no Brasil são temas centrais no debate teórico e prático.30 A tese deste artigo é que o Supremo Tribunal Federal (STF) atua como um braço de hard power para o Estamento Burocrático, exercendo um papel de "garantidor institucional" na manutenção do status quo.
5.1. A “Judicialização da Política” e o ‘Ativismo Protetor’
A atuação do STF, embora defendida como uma forma de garantir a sobrevivência de legendas e o equilíbrio da disputa eleitoral, é amplamente criticada por sua "postura ativista", que gera um quadro de tensão com o campo político.30
Argumenta-se que o Judiciário brasileiro, especialmente a jurisdição constitucional do STF, criou uma "jurisprudência protecionista e predominantemente ideológica" que serve para defender os interesses de certos grupos. O ativismo judicial se tornou um novo braço de hard power, permitindo que a corte intervenha em áreas tradicionalmente reservadas ao Poder Legislativo e Executivo, como a criação de precedentes de caráter relativista que podem moldar a política pública.
Essa dinâmica subverte o princípio da separação de Poderes e concede ao sistema um mecanismo de veto que pode ser ativado para "corrigir acidentes de percurso" eleitorais, como a ascensão de um líder político que não esteja alinhado com os interesses hegemônicos. A Justiça, que deveria ser o árbitro imparcial, se torna um ator político, utilizando a "legalidade" como um manto para suas decisões, que, em sua essência, são políticas e ideológicas 30.
5.2. Análise de Casos Emblemáticos
A tese é corroborada por uma análise de casos emblemáticos que demonstram o uso do ativismo judicial como um mecanismo de controle do poder, a sabermos:
O "Inquérito das Fake News" (Inq. 4781): A instauração deste inquérito pelo próprio presidente do STF, sem a solicitação de outro órgão como o Ministério Público, gerou ampla polêmica.32 O inquérito, que tramita em sigilo, busca investigar "notícias falsas" e "ameaças" contra os membros da Corte, com base no regimento interno do Tribunal.32 A sua natureza "regimental" (isto é, a sua instauração com base no Regimento Interno do Tribunal), e não na legislação penal tradicional, permitiu a realização de diversas diligências, incluindo buscas e apreensões e o bloqueio de contas em redes sociais.32 Críticos apontam que o inquérito permitiu à Corte atuar como investigadora, acusadora e julgadora de casos que a envolvem diretamente.32 O Inquérito 4781 é um exemplo claro de como o Judiciário, sob o pretexto da "defesa das instituições democráticas", pode criar um braço de "hard power" para suprimir a dissidência e o discurso de ódio que se volta contra a própria instituição.32
A Jurisprudência de Inelegibilidade: A decisão de tornar Jair Bolsonaro inelegível, embora juridicamente formal, foi baseada em uma interpretação extensiva e inovadora da Lei de Inelegibilidade.35 A jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passou a enquadrar a "propagação de desinformação" e "ataques ao processo eleitoral" como "uso indevido dos meios de comunicação".35 Essa interpretação, que "nunca serviu para isso" antes de 2018, demonstrou uma clara mudança na postura da corte eleitoral.35 A decisão, baseada em um evento no Palácio da Alvorada, mostrou que o uso de bens públicos e a função de presidente para impulsionar a candidatura foram considerados abusos de poder político.36 Essa nova jurisprudência cria um precedente que pode ser usado para proteger o poder de futuras ameaças políticas que possam surgir através de canais digitais não controlados pelo establishment.
O uso do ativismo judicial é o estágio final e mais sofisticado do hard power no "Fascismo Brasileiro". É o "último recurso" para garantir a continuidade do sistema quando os mecanismos partidários de soft power falham 30. O Judiciário se torna um ator político, utilizando a "legalidade" como um manto para suas decisões, que, em sua essência, são ideológicas.
6. Conclusão: O "Fascismo Brasileiro" e a Cidadania Consumerista
6.1. A Síntese da Tese
O presente estudo demonstrou que o "Estamento Burocrático Brasileiro" é a manifestação local de um modelo de poder global que o documento anexo denomina "Fascismo 2.0".3 Essa estrutura, com raízes históricas no caudilismo agrário e no coronelismo, evoluiu para uma tríade de poder que se retroalimenta: os banqueiros da Faria Lima, os latifundiários do Agronegócio e os políticos de Brasília. A dinâmica econômica é regida por um modelo rentista, que privilegia o capital financeiro através de juros altos e da lógica do carry trade, em detrimento do desenvolvimento industrial e do mercado interno. Esse sistema protege os "campeões nacionais" da falência, subvertendo a lógica de mercado e garantindo a continuidade dos monopólios.
Para perpetuar esse poder, o Estamento Burocrático utiliza um soft power da aparência democrática, instrumentalizando partidos e eleições como um véu de legitimação, e um hard power velado, manifestado através da militarização policial, do desarmamento da população e do ativismo judicial.
A "gerontocracia" de Jiang Xueqin, nesse contexto, encontra sua manifestação no Brasil não em uma simples demografia de idosos, mas em uma "gerontocracia de poder", onde a elite rentista, que já "ganhou o jogo", vive de rendas e não de trabalho produtivo, e cuja principal preocupação é a segurança e a manutenção do status quo.
A síntese da tese aponta para a seguinte correlação: o regime político que emergiu no Brasil não é um fascismo ideológico clássico, mas um "modelo estatal fascista tecnocrático consumerista" (EFTC) que opera na negação do desenvolvimento interno e na manipulação da apatia popular.
A tabela a seguir ilustra a convergência funcional entre o modelo clássico e o brasileiro.
Característica | Fascismo Clássico (Itália/Alemanha) | Modelo Chinês (RPC) | Modelo Ocidental (EUA/Europa) | Modelo Brasileiro |
Ideologia Central | Ultranacionalismo, hierarquia racial, anti-liberalismo. | Comunismo (nominal), ultranacionalismo tecnológico. | Liberalismo Nominal, Ultranacionalismo de Mercado, Ideologia do Consumo. | Liberalismo de Mercado (Nominal), Coronelismo/Oligarquia Agrária Histórica, Doutrina do Rentismo Financeiro. |
Relação Estado-Partido | Fusão total entre Estado e um único partido, liderado por uma figura carismática. | Fusão, com o PCC em hierarquia superior ao Estado. | Fusão entre Estado e Big Tech; poder exercido por um "Grande Irmão Distribuído". | Fusão entre Estado, Partidos e Inciativas Econômicas; poder exercido por um "Estamento Burocrático" com interdependência de interesses. |
Modelo Econômico | Economia mista, intervencionista e militarista. | "Capitalismo de Estado", instrumentalizando o mercado para fins estatais estratégicos. | "Capitalismo de Vigilância", onde o mercado co-opta e instrumentaliza o comportamento de consumo. | "Capitalismo de Estado" extrativista e rentista, orientado para o carry trade e a exportação de commodities. |
Método de Controle Social | Repressão violenta, terror policial e propaganda de massa. | Sistema de Crédito Social, vigilância digital ubíqua, censura de informação. | Vigilância por PPP, Análise de Dados de Consumo e Mídias Sociais, Propaganda Algorítmica. | Co-optação de servidores públicos, desarmamento civil, militarização policial, ativismo judicial, propaganda algorítmica. |
Método de Expansão | Imperialismo territorial e militar com busca por "espaço vital". | "Imperialismo infraestrutural e digital" via BRI e exportação de tecnologia de vigilância. | Sanções econômicas, Soft Power cultural/digital, Guerra de Informação e Operações Psicológicas. | Projeção de influência política e econômica regional (ex: BRICS), não se aplica de forma territorial. |
6.2. O Desafio da Cidadania Consumerista
Diante de todo o exposto, pretendemos propor, como conclusão, que a maior vulnerabilidade do sistema não é externa, mas interna: a "cidadania consumerista".3
Este é um estado no qual o indivíduo se torna despolitizado, priorizando o consumo em detrimento do engajamento cívico.
A "cidadania consumerista" é a base social que sustenta todo o Estamento Burocrático, pois permite que o "Grande Irmão Distribuído", embora menos centralizado que o modelo chinês, prospere.3
A obsessão pelo consumo é o motor desse sistema, e a apatia popular é o que permite que o poder se manifeste de forma velada, seja através do ativismo judicial ou da militarização policial, sem encontrar resistência social organizada.
O "Fascismo Brasileiro" é, em última análise, um reflexo das fragilidades internas da sociedade, e a defesa contra ele exige a revitalização dos valores cívicos e a superação da contra-cultura do consumo.
Observação
O presente artigo (paper) se trata de um rascunho para os demais fins oficiais e acadêmicos, dependendo de critérios de validação, como análise editorial para publicação em periódicos de autoridade no respectivo segmento científico em exposição, bem como de análise de pares, para convalidação dos fundamentos e argumentos trazidos ao presente artigo.
Referências
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