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As causas da "Cidadania Consumerista" e do "Fascismo 2.0": 

o "Complexo do Tik Tok".




ADAM TELLES DE MORAES


Habilitação Nacional de Advogado - OAB 

(Código da credencial: 155744/RJ)


Professional development certificate in Global Business Management - 

Massachusetts Institute of Business - MIB 

(Código de credencial 7F40D3D8-0AF7-4F30-AFFE-38B39EC7ECD3)




ABSTRACT

This legal-scientific paper examines the causal link between contemporary cognitive decline and the rise of a new global political architecture, termed the "Technocratic Consumerist Fascist State" ("Fascism 2.0"). The core argument posits that the individual preference for cognitive shortcuts, metaphorically captured by the "TikTok Complex" (TTC) — the tendency to seek superficial, 30-second explanations for complex phenomena—results in a state of intellectual failure and reduced mental capacity (evidenced by the "QI 83" average for the Brazilian citizen). This psychological substrate nurtures the "Consumerist Citizenship," an apathetic, atomized, and consumer-focused populace that willingly abdicates civic engagement. The TTC and Consumerist Citizenship serve as the essential preconditions for the success of Fascism 2.0, a regime that uses technocentric institutionalism to centralize power and protect the patrimonialist interests of Bureaucratic Estates (e.g., the alliance of finance, agribusiness, and politics in Brazil). These Estates manipulate legal formality (legalismo formal of Marcelo Neves) and exploit cognitive biases (anchoring, availability, conformity) to maintain control without explicit terror. The paper proposes that the mitigation of this complex problem begins with an essential individual ethical and epistemological awakening: the adoption of classical virtues (aretê) and the rigorous application of the scientific method (distinguishing Fact, Law, Theory, and Hypothesis) through dialectical practices (Disputatio and Maestria), countering the "Law of the Easiest" that fuels the TTC.

KEY WORDS

Fascism 2.0; Consumerist Citizenship; TikTok Complex; Epistemology; Bureaucratic Estate; Legal Formalism; Cognitive Biases.



RESUMO

Este artigo científico jurídico examina o elo causal entre o declínio cognitivo contemporâneo e a ascensão de uma nova arquitetura política global, denominada "Estado Fascista Tecnocrático Consumerista" ("Fascismo 2.0"). O argumento central postula que a preferência individual por atalhos cognitivos, metaforicamente capturada pelo "Complexo do Tik Tok" (CTT)—a tendência a buscar explicações superficiais de 30 segundos para fenômenos complexos—resulta em uma falência intelectual e capacidade mental reduzida (evidenciada pelo QI 83 médio para o cidadão brasileiro). Este substrato psicológico nutre a "Cidadania Consumerista", uma população apática, atomizada e focada no consumo, que abdica voluntariamente do engajamento cívico. O CTT e a Cidadania Consumerista servem como pré-condições essenciais para o sucesso do Fascismo 2.0, um regime que utiliza o tecnocentrismo institucional para centralizar o controle e proteger os interesses patrimonialistas dos Estamentos Burocráticos (ex: a aliança entre finanças, agronegócio e política no Brasil). Estes Estamentos manipulam a formalidade legal (legalismo formal de Marcelo Neves) e exploram vieses cognitivos (ancoragem, disponibilidade, conformidade) para manter o controle sem terror explícito. O artigo propõe que a mitigação deste problema complexo começa com um despertar ético e epistemológico individual essencial: a adoção de virtudes clássicas (aretê) e a aplicação rigorosa do método científico (distinguindo Fato, Lei, Teoria e Hipótese) por meio de práticas dialéticas (Disputatio e Maestria), combatendo a "Lei do Mais Fácil" que alimenta o CTT.

PALAVRAS-CHAVES

Fascismo 2.0; Cidadania Consumerista; Complexo do Tik Tok; Epistemologia; Estamento Burocrático; Legalismo Formal; Vieses Cognitivos.




1 INTRODUÇÃO: O Paradoxo Formal e a Gênese do Poder Real



1.1 O Desafio de Conceituar uma Nova Ordem Global


A análise da política contemporânea revela um paradoxo institucional profundo. Enquanto a grande maioria dos estados-nação ocidentais, latinos e orientais se autodeclara formalmente como "Estados Democráticos de Direito" (EDD), "Estado do Bem-Estar Social" ou, em certas regiões, estados socialistas em busca do "Comunismo ideal", a observação concreta da realidade demonstra a primazia de um modelo estatal e regime de poder real distinto. Este modelo é denominado, para fins heurísticos e analíticos, como o Modelo Estatal Fascista Tecnocrático Consumerista, ou "Fascismo 2.0".1


O Fascismo 2.0 transcende as ideologias de fachada e se estabelece como uma arquitetura de controle funcional.1 Ele é empregado pela maioria das iniciativas dos Fatores Reais do Poder das sociedades ao redor do mundo, com o objetivo primário de justificar o protecionismo patrimonialista, a concentração de renda e a preservação dos poderes institucionais dessas iniciativas, que se consolidam como Estamentos Burocráticos. A tese central deste trabalho é causal: o sucesso e a resiliência global do Fascismo 2.0 são determinados não por uma imposição violenta de cima para baixo, como no fascismo clássico, mas sim pela falência intelectual e ética interna do corpo social


Estabelece-se, portanto, um elo causal direto: 


Complexo do Tik Tok (CTT) → 

Cidadania Consumerista → 

Sucesso do Fascismo 2.0!



1.2 O Postulado Hermenêutico Violado e a Necessidade de Complexidade


Para compreender a complexidade do Fascismo 2.0 e seus mecanismos de controle, é fundamental reconhecer o nível de profundidade exigido pela realidade. Os estudos anteriores sobre o tema descrevem que o aspecto macro cultural dos Fatores Reais do Poder se agregou organicamente para a primazia de seus próprios interesses, baseando-se na tendência dos indivíduos darem preferência aos atalhos cognitivos.


O postulado hermenêutico geral do paralelismo das formas é um princípio lógico que afirma que um fato que gera um fenômeno complexo pela sua natureza só pode ser compreendido da melhor forma possível na razão proporcional do nível de complexidade exigido para explicá-lo. A exploração e o entendimento dos aspectos comportamentais do indivíduo, que dão mais valor às suas heurísticas e vieses do que à compreensão dos fatos em sua real complexidade, implica na violação direta deste postulado. Portanto, não bastam resumos ou explicações simplificadas para se compreender a dinâmica real do mundo. O Fascismo 2.0 prospera exatamente nessa violação lógica, sendo a superficialidade a principal barreira epistemológica para o engajamento cívico.


A análise do “Fascismo 2.0” exige, metodologicamente, a transcendência de explicações ideológicas simplistas. O modelo inverte o mecanismo clássico de poder. Enquanto o fascismo clássico (um denominado “Terror 1.0”) dependia de uma repressão violenta e explícita, o Fascismo 2.0 é essencialmente hospedado pela apatia popular de baixo para cima. A abdicação voluntária do engajamento cívico, manifestada pela Cidadania Consumerista, concede a licença necessária para o controle tecnocrático. Desse modo, o custo de manutenção do poder totalitário é drasticamente reduzido, tornando o Fascismo 2.0 mais sustentável e pervasivo do que seus antecessores históricos, pois o Estado não precisa lutar contra a população, mas apenas gerenciá-la por meio de incentivos de consumo e conveniência.1




2 O DIAGNÓSTICO ESTRUTURAL DA CRISE: Estamentos Burocráticos e o Fascismo 2.0



2.1 O "Fascismo 2.0": A Metáfora da Convergência Funcional


O termo "Fascismo 2.0" não é uma afirmação de equivalência ideológica com os regimes de Mussolini ou Hitler, mas uma metáfora heurística que descreve uma notável convergência funcional nos pilares operacionais dos regimes de poder total.1 Este modelo utiliza o tecnocentrismo institucional para fomentar e manter um exercício aparente de cidadania apática, cada vez mais voltada ao senso de consumo do que aos exercícios cívicos de limitação de poderes.


Essa arquitetura de controle tecnocrático manifesta-se globalmente em diferentes roupagens:


  1. China (Protótipo do Totalitarismo): O modelo chinês é o protótipo do "Totalitarismo da Conveniência e da Vigilância".1 A coerção é racionalizada, utilizando o Sistema de Crédito Social (SCS) para monitorar e pontuar o comportamento dos cidadãos.1 A ameaça de exclusão social e econômica gerada por uma pontuação baixa é suficiente para impor autocensura e conformidade, tornando a violência aberta desnecessária para a maioria da população.


  1. Ocidente (Convergência Funcional): Nos Estados declaradamente democráticos, a convergência se dá através do que se denomina o "Grande Irmão Distribuído".1 O controle se torna horizontal, resultante da fusão entre o Estado e grandes empresas de tecnologia (Big Tech) em parcerias público-privadas opacas (PPPs).1 Os mecanismos de controle incluem a propaganda algorítmica e a "guerra de narrativas" (Soft Power Partidário) e a militarização policial (Hard Power Velado).1



2.2 O Fenômeno do "Estamento Burocrático" e o Rentismo Global


O Fascismo 2.0 serve para justificar o protecionismo patrimonialista dos Estamentos Burocráticos, os Fatores Reais do Poder que determinam as sociedades. O nível aprofundado de complexidade reside no fato de que esses fatores reais de poder se agregaram organicamente para a primazia de seus próprios interesses.


O Estamento Burocrático Brasileiro é um estudo de caso emblemático dessa dinâmica. É definido como a aliança simbiótica entre três pilares: os Banqueiros da Faria Lima (setor financeiro e rentista), os Latifundiários do Agronegócio (setor extrativista e exportador) e os Políticos de Brasília (a classe institucional garantidora do status quo).1 Essa estrutura se comporta como uma Gerontocracia de Interesses.1


Essa classe de poder, que já consolidou sua riqueza, vive de rendas e rentismo, em vez de depender da produção ou da inovação.1 O modelo econômico é projetado para perpetuar o rentismo: a política de juros altos, historicamente praticada no Brasil (como o exemplo da taxa Selic a 15% ao ano), atrai capital global através da estratégia do Carry Trade.1 Essa operação, onde o investidor toma dinheiro emprestado em moedas de juros baixos e investe em títulos de dívida de juros altos, beneficia substancialmente o Estamento Burocrático, canalizando a riqueza para a "renda fixa" sem a necessidade de risco ou trabalho produtivo. Consequentemente, o investimento produtivo é desestimulado, e a economia real é marginalizada.1 A Gerontocracia de Interesses, ao priorizar a segurança e a manutenção do status quo, garante que o sistema seja mantido através da apatia social (Cidadania Consumerista/CTT).


2.3 A Dinâmica Jurídica da Fachada: “Legalismo Formal” e o “Véu da Ignorância Perverso” no “Acoplamento Estrutural dos Subsistemas Sociais” pelos “Fatores Reais do Poder’ dos “Estamentos Burocráticos”, por meio do “tecnocentrismo” do “Fascismo 2.0”, através da “Cidadania Consumerista”, causada pelo “Complexo Tik Tok”.


O Fascismo 2.0 se faz valer de instituições democráticas e jurídicas formais, como a Constituição, que servem de "folha de papel" denominada Lei Maior [User Query]. No entanto, esta aparente legalidade oculta a manipulação dos interesses do Estamento Burocrático.


Este fenômeno pode ser compreendido pela lente da sociologia jurídica através do Legalismo Formal, conceito trabalhado por Marcelo Neves. O Legalismo Formal na modernidade periférica descreve a discrepância entre os modelos constitucionais democráticos textuais e as condições estruturais de sua realização, resultando no uso instrumental da forma constitucional por regimes que, embora se declarem democráticos, possuem um fechamento normativo insuficiente e são "colonizados" pelos fatores sociais de poder.2 Os Estamentos Burocráticos utilizam essa formalidade para o acoplamento estrutural dos subsistemas sociais, garantindo que as iniciativas ocultas passem a interagir e manipular seus interesses sob o manto da legalidade.4


A dinâmica jurídica opera sob um Véu da Ignorância Perverso. O conceito de John Rawls utiliza o véu para garantir a imparcialidade na busca por justiça.5 Contudo, na arquitetura do Fascismo 2.0, o véu é subvertido: ele não garante a imparcialidade, mas serve para ocultar a manipulação, mantendo o corpo social atomizado na ignorância dos interesses reais.


A coerção final do Estamento não se restringe à militarização policial; ela se metamorfoseia em Hard Power Jurídico. No contexto brasileiro, o “Ativismo Judicial Hiperbólico” é o estágio mais sofisticado desse poder.1 O Supremo Tribunal Federal (STF), ao criar uma "jurisprudência protecionista" e atuar como garantidor do status quo 1, assume a função coercitiva final. O Judiciário intervém (Hard Power velado) para neutralizar desafios políticos (ex: o Inquérito das Fake News, ou casos de inelegibilidade).1 


O Legalismo Formal se torna, assim, o manto que justifica as decisões que são, em sua essência, atos de coerção política, garantindo a imunidade do Estamento Burocrático a revoltas legislativas ou executivas, inibindo o uso de freios e contra pesos institucionais e constitucionais, mas sem formalmente violá-los, mas, ao contrário, utilizando dos mesmos para justificá-los como um fim em si próprios, em nome do “Estado Democrático de Direito” que, em verdade, traz a manutenção dos interesses protecionistas patrimonialistas dos fatores reais do poder nos Estamentos Burocráticos, seja no Brasil, nas Américas, Sul Global, Oriente e Ocidente - um fenômeno global!




3 A CAUSA INERENTE: O "COMPLEXO DO TIK TOK" E A FALÊNCIA EPISTEMOLÓGICA



3.1 O Risco da Superficialidade: O Complexo do Tik Tok (CTT)


O "Complexo do Tik Tok" (CTT) é a metáfora heurística que denomina a tendência contemporânea de preferência pela "lei do mais fácil". Essa tendência é a busca por compreender o mundo e a realidade através de vídeos curtos de 30 segundos nas redes sociais, mesmo quando os temas possuem um nível profundo de complexidade que demandaria minutos ou horas para serem adequadamente assimilados.7


A consequência lógica dessa superficialidade é a violação do postulado do paralelismo das formas, levando o indivíduo e o corpo social a uma personalidade baseada em miscelâneas e trivialidade. Essa natureza superficial da compreensão dos fatos, em escala micro e macro, resulta em conceitos rasos sendo considerados suficientes para explicar fenômenos complexos que, de fato, determinam o modo de ser do nosso mundo.


O CTT não é apenas um sintoma, mas um fator ativo de deterioração cognitiva. Ele resulta em um indivíduo cada vez menos autocrítico e com uma capacidade mental progressivamente reduzida com o passar das gerações, um problema evidenciado pelo baixo desempenho de coeficiente intelectual (o caso do QI 83 do cidadão brasileiro médio).1 


A imposição do paralelismo das formas invertido (explicação simples para fenômenos complexos) garante que a lógica e o raciocínio sejam substituídos pela tautologia e pela opinião, neutralizando a capacidade de resposta cívica da população.


3.2 A Cidadania Consumerista como Substrato Social


A Cidadania Consumerista é o substrato social essencial, gerado pelo CTT, que permite o sucesso do Fascismo 2.0.1 A figura do cidadão consumerista é a síntese de um estado no qual o indivíduo se retira do engajamento cívico e político, preferindo o ostracismo atomista e a busca incessante por prazeres imediatos (Materialismo Comodista).1


Esta condição de apatia, descredibilidade e indiferença, predominante na "Geração Z" (jovens no mercado de trabalho e futuros chefes de família), é o resultado de uma profunda falência ética, educacional e disciplinar.1 A hiperconectividade e a polivalência digital, em vez de fomentarem a autonomia, são acompanhadas de uma falta de excelência e da incapacidade de praticar o autodidatismo, tornando o indivíduo mentalmente despreparado e não treinado.1


A Cidadania Consumerista não é uma vítima passiva da vigilância, mas sim um participante voluntário de sua própria subjugação.1 O Fascismo 2.0, seja na China ou no Ocidente, é acolhido por essa população desde que o mercado de consumo interno não seja prejudicado.1 O consumo, tradicionalmente visto no Ocidente como um ato de liberdade individual, é transformado em um indicador de conformidade política.1 A ameaça de exclusão do consumo é o mecanismo de controle mais eficaz e menos custoso do que a repressão policial, reforçando o caráter tecnocrático consumerista do sistema.


3.3 A Instrumentalização da Falência: Vieses Cognitivos como Ferramentas de Controle


O baixo desempenho intelectual e o despreparo mental, resultado direto do CTT, tornam o indivíduo suscetível a vieses cognitivos, que são ativamente explorados pelos Fatores Reais do Poder para sustentar o Fascismo 2.0.1


  1. Viés de Ancoragem: Este viés, a tendência de se apegar à primeira informação recebida 1, é explorado na propaganda digital para moldar a narrativa inicial.1 O conteúdo superficial de 30 segundos, que caracteriza o CTT, serve como a "âncora" inicial para o julgamento subsequente, independentemente da complexidade real do tema (ex: a "teoria do charuto" de Kahneman).1


  2. Viés de Disponibilidade: Manifesta-se na tendência de dar mais peso a eventos que são mais fáceis de serem lembrados (vívidos, recentes ou impactantes).1 As redes sociais e a mídia são os principais mecanismos de exploração, saturando o ambiente digital com informações enviesadas para que narrativas preferenciais pareçam mais comuns ou verídicas, em detrimento de análises aprofundadas ou dados estatísticos.1


  3. Viés de Conformidade (Manada): É a base da coesão social no Estado Fascista Tecnocrático Consumerista.1 O desejo de evitar o ostracismo e de se sentir aceito garante a obediência e a autocensura.1 O Sistema de Crédito Social (SCS) chinês, que pune o comportamento inadequado e avalia o indivíduo por seus hábitos de consumo e as ações de seus amigos, é a instrumentalização máxima e tecnologicamente avançada deste viés.1


A exploração sistemática desses vieses garante que o EFTC (Estado Fascista Tecnocrático Consumerista) prospere no terreno da opinião


O cidadão, incapaz de distinguir entre Teoria, Hipótese, Problema e Paradoxo, baseia-se em opiniões sem relevância verídica, tornando-se uma presa fácil para a "Guerra de Narrativas" que constitui o Soft Power Partidário.1


Tabela 1: Vieses Cognitivos e a Instrumentalização do Controle Tecnocrático (A Lógica do Complexo do Tik Tok)


Viés Cognitivo

Natureza da Ação Mental (CTT)

Efeito no Fascismo 2.0 (Controle Tecnocrático)

Ancoragem

Apego à primeira informação rápida, mesmo que insuficiente para a complexidade do tema.1

Molde inicial da narrativa política e econômica, impedindo o raciocínio subsequente autônomo (ex: manchetes vs. análise de balanços).1

Disponibilidade

Superestimar eventos vívidos, recentes ou impactantes, frequentemente veiculados em mídias sociais.1

Saturação do ambiente digital para conferir veracidade a narrativas enviesadas, em detrimento de dados estatísticos ou análises aprofundadas.1

Conformidade (Manada)

Alinhamento de crenças/comportamentos ao grupo para evitar ostracismo.1

Base da coesão social no "Totalitarismo da Vigilância" (China) ou no "Grande Irmão Distribuído" (Ocidente), substituindo o terror explícito.1



4 O IMPERATIVO DO RACIOCÍNIO CRÍTICO E A MITIGAÇÃO DO CTT



4.1 O Postulado da Aretê e a Renascença das Virtudes


A superação (ao menos sua “tentativa”…) do Complexo do Tik Tok e, consequentemente, da Cidadania Consumerista, é um desafio que se impõe estritamente no nível individual. A superação em nível global, no cenário atual, é considerada, para efeitos desse e de todos os nossos outros atuais estudos, como inviável. Este caminho de mitigação individual deve ser encarado como uma longa marcha intergeracional.


O antídoto para a "Lei do Mais Fácil" reside no retorno do desenvolvimento de uma personalidade individual autocrítica, baseada nas virtudes ético-morais clássicas ocidentais.


A excelência aristotélica (aretê), que significa "virtude" ou "excelência" em tudo o que se faz 1, é o princípio oposto ao Materialismo Comodista.1 A renascença das virtudes exige o abandono da busca por prazeres fugazes e a adoção de um rigor intelectual e ético, atacando a raiz da falência educacional e disciplinar que alimenta o CTT.1



4.2 A Bússola Epistemológica: Estrutura da Teoria Geral do Conhecimento


Para transcender a superficialidade do CTT e evitar a manipulação por vieses, o indivíduo necessita dominar os conceitos fundamentais da teoria geral do conhecimento, permitindo uma compreensão autocrítica da realidade. Quem não consegue compreender o que acontece ao seu redor baseada nesses conceitos, não consegue entender a realidade que vive e permanecerá desejosamente subjulgado ao condicionamento mental apático, atomista e consumerista do regime estatal fascista tecnocrático dos Estamentos Burocráticos ao qual se encontram, sob a vestimentas de senso de continuidade das instituições de um aparente “Estado Democrático de Direito”, visando o “Bem Estar Social” ou o “Socialismo Real”, na busca do “Comunismo Ideal” pela revolução proletária ou qualquer outra justificativa aparentemente ideológica, sem qualquer correspondência fenomenológica com as iniciativas, públicas ou privadas, dos Fatores Reais do Poder vigente do corpo social.


A distinção rigorosa entre os domínios do saber fornece o antídoto lógico para os vieses cognitivos:


  • Fato: É a descrição de um fenômeno (observação do raciocínio da lógica objetiva causal de um ato praticado, que gerou um fato valorado) ou de uma confabulação (conjectura do raciocínio da lógica subjetiva de uma ato praticado e sua valoração do que deve ou não ser considerado como a norma a reger o fato subjacente a prática do referido fato), sendo a observação ou a criação de algo por sujeitos com uma finalidade (observadas naquilo que a realidade determina ou naquilo que os sujeitos determinam como deve ser na realidade, respectivamente);


  • Lei: É a lógica que determina a manifestação do respectivo fato, implicando no porquê ele ocorreu dessa forma e por que pode ocorrer de outras (observadas naquilo que a realidade determina, como um conhecimento empírico, sistemático científico ou axiomático das universais, das ciências exatas, ou naquilo que os sujeitos determinam como deve ser na realidade, como um conhecimento baseado nos imperativos categóricos nas ciências humanas, baseadas nas estratégias e éticas morais, jurídicas ou religiosas, respectivamente). As leis são lógicas observacionais (ciências exatas - a priorísticas) ou conjecturais (ciências humanas - imperativos categóricos);


  • Teoria: É o raciocínio que explica, com base em um raciocínio lógico coerente e coeso nas repetições de suas conclusões quanto a lógica de uma lei, considerando todos os elementos (causas, efeitos, sujeitos, finalidade). As teorias são verdades apreendidas de forma transitória e sempre estão à mercê de serem revistas por novos raciocínios mais eficientes, através do método científico e na busca da excelência performática de novas conclusões a respeito dos raciocínios pré estabelecidos, com a consequência de novos métodos e novas técnicas, visando uma melhor compreensão mais simples e abrangente de uma verdade a respeito de uma lei, ao ponto de superá-la (overruling) ou distingui-la (distinguishing) em outros conhecimentos especializados ramificados, aumentando o conhecimento geral em especializações, melhorando a compreensão da realidade que vivemos, tanto do ponto de vista das lógicas das ciências exatas como das ciências humanas;


  • Hipótese: São conclusões provisórias de pensamentos baseados em raciocínios acerca das lógicas de leis. A conclusão sobre a lógica da lei precisa ser comprovada (pela lógica dos axiomas universais) ou acreditada (pela lógica dos imperativos categóricos) e a consolidação das hipóteses em teorias que melhor expliquem as lógicas das leis, tanto das ciências exatas ou ciências humanas, geram “modelos” que criam algoritmos que confirmam as conclusões de suas propostas de forma reiteradas, com coerência e coesão na linha de raciocínio de suas lógicas aprimoradas a respeito das leis questionadas, distinguindo conhecimentos generalistas em novos conhecimentos ramificados especializados ou superando conhecimentos anteriores, que passaram a serem coniderados como “problemas” ou “paradoxos”, superando tautologias como novos silogismos observados ou criados.


  • Problema e Paradoxo: A ausência de comprovação (nas ciências exatas) ou credibilidade (nas ciências humanas) da conclusão resultante de hipóteses sem modelos teóricos, baseadas em tautologias, das quais, quando possíveis de serem logicamente superadas (problemas) ou simplesmente insuperáveis logicamente (paradoxos). Se são passíveis de serem resolvidas logicamente, são Problemas. Se são absolutamente insolúveis, são Paradoxos, exigindo o abandono ou a revisão total das premissas.1


O domínio desta estrutura exige que o indivíduo categorize (taxionomia) o que compreende, por meio de seus conhecimentos sensíveis, buscando classificá-los em categorias que desdobram do maior (gênero) para o menor (espécies), conforme a natureza do conhecimento (observado das ciências exatas ou confabulado das ciências humanas). 


Se a informação não possui comprovação objetiva (lógica) ou credibilidade categórica (conjectural), ela deve ser classificada como mera opinião de seu autor, sem relevância verídica, logo, não sendo levada em consideração como ‘verdadeira’. 


Essa bússola epistemológica desmantela a confiança na primeira informação recebida (Viés de Ancoragem) e a aceitação acrítica da repetição midiática (Viés de Disponibilidade), neutralizando o poder da propaganda algorítmica.


Tabela 2: Estrutura Epistemológica para o Raciocínio Crítico (Método Científico)

Conceito

Natureza do Conhecimento

Definição Científica (Lógica)

Status Lógico no CTT

Fato

Observável (Objetivo) ou Criado (Conjectural).

Manifestação de um fenômeno, por sujeitos, com finalidade e causa.

É reduzido ao imediatismo da primeira informação (vieses).

Lei

Descrição de Ordem (Axioma ou Imperativo Categórico).

Lógica que determina a manifestação do fato, explicando por que ele ocorre.

Raramente buscada, substituída por "opinião" superficial (vieses).

Teoria

Explicação Transitória baseada em modelos (Raciocínio).

Raciocínio que explica a lógica de uma lei; podendo ser revista.

Subvertida para meros resumos ou miscelâneas (vieses).

Hipótese

Conclusão Provisória (Silogismo), na busca de modelos teóricos.

Conclusão baseada em raciocínio, necessitando de comprovação (objetiva) ou credibilidade (categórica).

Confusão conceitual entre “hipóteses”, “teorias” e “leis”, baseando-se apenas em meras opiniões, como se a “verdade socialmente construída” fosse (vieses). 

Problema

Falha Lógica/Teórica Solúvel, superável (overruling) ou distinguível (distinguishing) em outros conhecimentos ramificados especializados.

Hipótese sem modelo teórico, passível de ser resolvida logicamente.

Confusão conceitual entre “problemas”, “paradoxos”, sendo considerado radicalmente como “errado” o “mentira” tudo e todos que sejam “diferentes” das “opiniões” consideradas como “verdades absolutas” de forma acrítica, simplória e generalista.

Paradoxo

Contradição Inerente e insolúvel (tautologia).

Hipótese sem modelo teórico, absolutamente insolúvel. Opinião inverídica.

Confusão conceitual entre “problemas”, “paradoxos”, sendo considerado radicalmente como “errado” o “mentira” tudo e todos que sejam “diferentes” das “opiniões” consideradas como “verdades absolutas” de forma acrítica, simplória e generalista.



4.3 O Diálogo Intergeracional e a Ética da Credibilidade Social


A busca pela excelência na compreensão exige o diálogo intersubjetivo (entre indivíduos), baseado em atributos dialéticos e sinceridade intelectual na busca da Verdade da lógica do conhecimento respectivo (objetivo, empírico, sistêmico ou axiomático das ciências exatas ou subjetivo e imperativo categórico das ciências humanas). Essa exigência metodológica encontra no método escolástico da Disputatio e da Maestria um caminho de rigor.8 


A Disputatio é um método de debate estruturado que utiliza o silogismo categórico para testar hipóteses e argumentos, exigindo coerência lógica, naquilo que Aristóteles inicialmente desenvolveu como maomética e, posteriormente desenvolveu como “dialética” e, posteriormente, Hegel depois desenvolveu como dialética histórica hegeliana, enquanto a Maestria representa o domínio sobre o conhecimento, com a autoridade apriorística de exposição do conhecimento, a título de monólogo, mas posteriormente confrontado por argumentos expostos ao final da exposição, instaurando e confirmando o diálogo e a dialeticidade exigível para o conhecimento confirmável por pares, baseados no raciocínio da lógica do conhecimento em questão, evitando ‘discussões’ e as famigeradas ‘fofocas’ ou atuais ‘click bates’.8 (Destacou-se)


O “Complexo Tik Tok” (CTT), característico do modo de ser do típico “Cidadão Consumeristas” ao impedir o diálogo aprofundado, viola a ética do discurso (ética argumentativa) e a própria possibilidade de se chegar a conclusões coerentes com a natureza lógica originária das questões, redundando em conclusões sob os rótulos de que “as perguntas que movem a realidade, e não as respostas”. (Destacou-se)


Além do rigor epistemológico ocidental, a mitigação do CTT pode se beneficiar da experiência social milenar oriental baseada na “credibilidade”. O uso do costume da imagem social (Guanxi) baseada na credibilidade social individualizada (Mianzi), tal como observado na cultura milenar oriental, é essencial. (Destacou-se).


  • Guanxi (关系): Refere-se às redes de relações sociais baseadas na confiança mútua e obrigações recíprocas.10


  • Mianzi (面子): Significa "rosto" e representa o prestígio, a reputação e a necessidade de manter a dignidade social.10


A adoção de Mianzi e Guanxi como bússola ética social força o indivíduo a construir valor intrínseco e reputação real, contrastando com a validação superficial (‘likes’ e ‘visualizações’) da sociedade CTT/Consumerista.1 




5 CONCLUSÃO: A Mitigação Individual e o Desafio Intergeracional


O presente artigo examinou a complexa teia causal que sustenta a arquitetura de poder contemporânea. 


A tese central, agora comprovada pela análise funcional, é que a preferência individual por atalhos cognitivos — o Complexo do Tik Tok — resulta na falência intelectual que nutre a Cidadania Consumerista. Essa população apática é, por sua vez, o substrato social necessário para o sucesso do Fascismo 2.0 (EFTC) e a perpetuação dos Estamentos Burocráticos e seus interesses patrimonialistas, sob o “véu da ignorância perverso”, buscando com base nesses interesses patrimonialistas protecionistas dos Fatores Reais do Poder dos Estamentos Burocráticos a justificação meramente aparente e dissimulativo, por meio do acoplamento estrutural dos subsistemas sociais do Legalismo Formal (Marcelo Neves) da “forma de estado federativo”, no “modelo estatal republicano”, baseado no “regime de poder democrático”, por meio de um “Constitucionalismo Moderno” baseado no “Estado de Direito”, na busca do Bem Estar Social, através da Eficácia dos Direitos Fundamentais que instrumentalizam, ao final, todo um tecnicismo judicial pautando uma jurisdição constitucional de todo o Ordenamento Jurídico, seja por meio da sindicalização judicial dos atos administrativos por meio de “juridicidades arbitrárias”, baseadas em “discricionariedades judiciais” (contrários ao dever legal de fundamentá-las concretamente, sob pena de nulidade…), bem como “judicializações excessivas de políticas públicas” (em violações a independência funcional harmônica dos Poderes Constitucionais), mediante a prestação da atividade jurisdicional através do “ativismo judicial hiperbólico”, onde as “meras opiniões” dos “menos perigosos” são considerados, estritamente com base no postulado hermenêutico tecnocrático (antidemocrático) da “autoridade”, como “fonte formal do Direito”, com mais “vontade normativa” do que o próprio princípio constitucional da “legalidade” …; seja na experiência do Estamento Burocrático Brasileiro, seja no Oriente, seja no Ocidente e em todo o cenário mundial dos Estados Nações, na comunidade internacional atualmente. (Destacou-se)


Tudo falácia e sofismos ao final…


O Fascismo 2.0 é um modelo de controle resiliente que opera na convergência funcional. Enquanto globalmente se manifesta pelo "Totalitarismo da Vigilância" (China) ou pelo "Grande Irmão Distribuído" (Ocidente), ele utiliza o tecnocentrismo para centralizar o poder. No Brasil, o Estamento Burocrático utiliza o rentismo do Carry Trade e o Hard Power Jurídico (especialmente pelo denominado “ativismo judicial hiperbólico”) como mecanismos de coerção velada, agindo sob o manto do legalismo formal.1


O caminho para a mitigação do problema é, necessariamente, uma longa marcha intergeracional que começa com o indivíduo. O primeiro passo possível é o despertar ético e epistemológico, manifestado na busca pela aretê e no domínio do raciocínio crítico (distinguindo Fato, Lei, Teoria, Hipótese, Problema e Paradoxo). Somente através da superação da condição de consumidor apático para um cidadão consciente (autocrítico e emancipatório), que prioriza a excelência (aretê), na busca de uma reputação socialmente digna (Guanxi) e a credibilidade perante os demais na sociedade (Mianzi), é possível minar o substrato social sobre o qual o Fascismo 2.0 está construído.1 (Destacou-se)


Ressalta-se, contudo, que esta é uma medida inicial estritamente individual para a mitigação intergeracional do “Complexo do Tik Tok”, do “Cidadão Consumista” e dos “Estamentos Burocráticos”, nos quais, com base no modelo estatal fascista tecnocrático consumerista, precisamos aceitar o fato de que se tratam atualmente do regime imperativo das iniciativas dos Fatores Reais do Poder que indiretamente governam e dominam as instituições do Poder Legalista Formal de todo o Acoplamento Estrutural dos Subsistemas Sociais, de todas as sociedades ao longo do mundo globalizado que vivemos e isso não apenas irá se perpetuar, como se aprofundará e se tornará um modelo de poder cada vez mais flagrante e notório, a luz de todos, ao longo das próximas décadas e, talvez dos próximos séculos e apenas depois de todo esse período que, seja através das denominadas “cartadas” já estudadas nos nossos resumos anteriores a respeito desse tema, em especial a respeito da “primeira cartada ética moral social individual” que poderemos mudar “as regras do jogo” e voltarmos a ter um modelo estatal liberal e constitucional de direito, quando formos uma maioria de “cidadãos conscientes”, após superarmos o “complexo Tik Tok” e nossa atual situação deficitária de “cidadão consumerista”. (Destacou-se) 


A superação do problema em nível global é considerada impossível de ser concluída de forma efetiva no cenário atual. (Destacou-se) 


Objetivos mais concretos a depender de propostas subsequentes deverão ser propostos em artigos futuros, para propormos os primeiros passos, a título de heurísticas para servirem de gatilhos mentais para uma busca mais rápida e efetiva, como “possíveis objetivos” das metas acima definidas, na busca da “cidadania consciente”. (Destacou-se) 



Tabela 3: Convergência Funcional do Poder no Fascismo 2.0: Do Global ao Local


Característica

Fascismo Clássico

Modelo Chinês (Totalitarismo da Vigilância)

Modelo Ocidental/Brasileiro (Grande Irmão Distribuído)

Ideologia Central

Ultranacionalismo, hierarquia racial.1

Comunismo (nominal), Ultranacionalismo Tecnológico.1

Liberalismo Nominal, Ideologia do Consumo/Rentismo.1

Arquitetura de Poder

Fusão total Estado/Partido/Líder carismático.1

Fusão, PCC acima do Estado (Centralizado).1

Fusão Estado/Big Tech/Estamento Burocrático (Distribuído).1

Modelo Econômico

Intervencionista, Militarista.1

Capitalismo de Estado, Estratégico.1

Capitalismo de Vigilância/Rentista (Carry Trade).1

Hard Power

Repressão violenta, terror policial, exércitos.1

Vigilância ubíqua (SCS), Imperialismo Digital/Infraestrutural (BRI).1

Militarização policial, Sanções econômicas, Ativismo Judicial (Hard Power Jurídico).1

Soft Power

Propaganda de massa (Rádio/Cinema).1

Narrativa de Estabilidade/Desenvolvimento, Exportação de tecnologia de controle.1

Propaganda Algorítmica (Guerra de Narrativas), Instrumentalização de Eleições (Véu da Ignorância).1

Base Social

Massa arregimentada pelo terror e fervor ideológico.1

Cidadania Consumerista Coerçiva (monitorada pelo SCS).1

Cidadania Consumerista Apática (motorizada pelo CTT e Mater. Comodista).1





OBSERVAÇÃO


O presente artigo (paper) se trata de um rascunho para os demais fins oficiais e acadêmicos, dependendo de critérios de validação, como análise editorial para publicação em periódicos de autoridade no respectivo segmento científico em exposição, bem como de análise de pares, para convalidação dos fundamentos e argumentos trazidos ao presente artigo.


REFERÊNCIAS


A seguir, a lista de referências citadas e pesquisadas, conforme normas da ABNT.

  1. ALVES, Rogério Pacheco. A Judicialização da política e das relações sociais e o ativismo judicial. Disponível em: https://www.mprj.mp.br/documents/20184/7377608/rogerio_pacheco_alves.pdf. Acesso em: 16 ago. 2025.1

  2. BARRETO, Marcelo Menna. Brasil vive Síndrome de Estocolmo com a Faria Lima. Extra Classe, 18 mar. 2025. Disponível em: https://www.extraclasse.org.br/economia/2025/03/brasil-vive-sindrome-de-estocolmo-com-a-faria-lima/. Acesso em: 16 ago. 2025.1

  3. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Inquérito 4781/DF. Disponível em: (https://static.poder360.com.br/2023/05/Telegram-Moraes-10mai2023.pdf). Acesso em: 16 ago. 2025.1

  4. CORRÊA, K. B.; ROZADOS, A. M. (In)visibilidade e (Re)produção de Subjetividades na Netnografia. Revista de Estudos em Comunicação, n. 639, 2017.12

  5. DIALNET. La disputatio scholastica reconstruida de acuerdo con fuentes filosóficas. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/9637898.pdf. Acesso em: 31 ago. 2025.9

  6. FANORPI. O véu de ignorância na construção de uma Teoria da Justiça de John Rawls. Revista Universitas da FANORPI. v. 3 n. 8 (2022). Disponível em: https://fanorpi.com.br/universitas/index.php/revista/article/view/123. Acesso em: 31 ago. 2025.5

  7. HABERMAS. J. Apud: Diniz, Júnia Maria Penido. Habermas e Apel: a fundamentação pragmática da Ética do Discurso. Disponível em: (http://www.ufvjm.edu.br/site/revistamultidisciplinar/files/2011/09/Habermas-e-Apel-a-fundamenta%C3%A7%C3%A3o-pragm%C3%A1tica-da-%C3%89tica-do-Discurso_j%C3%BAnia-diniz.pdf). Acesso em: 10 jun. 2024.1

  8. INFOMONEY. Carry Trade: entenda por que a queda de juros no Brasil está derrubando o real hoje. Disponível em: https://www.infomoney.com.br/mercados/carry-trade-entenda-por-que-a-queda-de-juros-no-brasil-esta-derrubando-o-real-hoje/. Acesso em: 16 ago. 2025.1

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  10. MARX, P. Efeitos psicológicos do TikTok. A Mente é Maravilhosa, 15 de novembro de 2021. Disponível em: https://amenteemaravilhosa.com.br/efeitos-psicologicos-do-tik-tok/. Acesso em: 26 maio 2024.12

  11. MORAES, ADAM TELLES DE. O "Fascismo 2.0": Uma Análise Jurídico-Política do Modelo Chinês de Ascensão Hegemônica na Era do "Made in China 2025"..1

  12. MORAES, ADAM TELLES DE. Ao final, os atuais estados sempre usam partidos, armas e violência - o modelo estatal fascista tecnocrático consumerista ("EFTC" - "Fascismo 2.0") e o uso de partidos (soft power) e golpes (hard power)..1

  13. MORAES, ADAM TELLES DE. Banqueiros (Faria Lima), Latifundiários (Agronegócio) e Brasília (Políticos) - o "Estamento Burocrático Brasileiro": do Caudilismo Warlordista Pré-Republicano, rumo ao "Fascismo Brasileiro"..1

  14. MORAES, ADAM TELLES DE. O mínimo que você atualmente ainda não sabe pelo fato de ser um "cidadão consumerista" (e como resolver isso)..1

  15. MORAES, ADAM TELLES DE. Sobre o "tecnocentrismo" do "Fascismo 2.0" - Causas, Rótulos e Soluções..1

  16. NEVES, Marcelo. Entre Têmis e Leviatã: uma relação difícil: o Estado Democrático de Direito a partir e além de Luhmann e Habermas. 2ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.3

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Referências citadas


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  2. Resenha. Marcelo Neves. Constituição e direito na modernidade periférica: uma abordagem teórica e uma interpretação do caso brasileiro. São Paulo, wmf Martins Fontes, 2018 - ResearchGate, acessado em setembro 28, 2025, https://www.researchgate.net/publication/340628819_Resenha_Marcelo_Neves_Constituicao_e_direito_na_modernidade_periferica_uma_abordagem_teorica_e_uma_interpretacao_do_caso_brasileiro_Sao_Paulo_wmf_Martins_Fontes_2018

  3. o pós-positivismo como forma de concretização de um Estado democrático de direito, acessado em setembro 28, 2025, https://periodicos.ufjf.br/index.php/eticaefilosofia/article/view/17775/9084

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  10. ENTENDENDO O GUANXI E SUA INFLUÊNCIA NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS* - SciELO, acessado em setembro 28, 2025, https://www.scielo.br/j/rec/a/GjfF8FHWLvmfJtfW4hffmkh/?format=pdf&lang=pt

  11. RELAÇÕES PÚBLICAS NA CHINA: o desafio do guanxi Public Relations in China: the guanxi's challenge, acessado em setembro 28, 2025, https://periodicos.pucpr.br/estudosdecomunicacao/article/download/15398/15008/25103

  12. IMPACTOS E CONSEQUÊNCIAS DO TIKTOK NA SAÚDE MENTAL DA GERAÇÃO Z - Atena Editora, acessado em setembro 28, 2025, https://atenaeditora.com.br/catalogo/dowload-post/93606

  13. Sobre palavras, seus usos e significados: o modelo normativo de Marcelo Neves entre as normas e as metanormas - SciELO, acessado em setembro 28, 2025, https://www.scielo.br/j/rdgv/a/YS7j5PCnHVvHhHbpfdqsqDS/?format=pdf

  14. Do TikTok ao Think Talk: Será que é possível? - Pepsic, acessado em setembro 28, 2025, https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-58352023000100119

  15. THEORY, HYPOTHESIS or LAW • SCIENTIFIC METHODOLOGY • Physics and Related, acessado em setembro 28, 2025, https://www.youtube.com/watch?v=XatohLKkEqk

 






Sobre o "tecnocentrismo" do "Fascismo 2.0"




ADAM TELLES DE MORAES


Habilitação Nacional de Advogado - OAB (Código da credencial: 155744/RJ)


Professional development certificate in Global Business Management - Massachusetts Institute of Business - MIB (Código de credencial 7F40D3D8-0AF7-4F30-AFFE-38B39EC7ECD3)




Abstract


This paper analyzes the emergence of the "consumerist citizen" as a product of intergenerational dynamics and as a fundamental precondition for the success of a new architecture of power: the Technocratic Consumerist Fascist State, or "Fascism 2.0". The study argues that the current generation of young workers and family founders ("Generation Z") developed a behavioral pattern characterized by disbelief, inertia, and indifference, leading to a nihilistic atomism and a turn towards immediate pleasures. This psychological and intellectual state, marked by a low intellectual performance, makes individuals susceptible to cognitive biases such as anchoring, availability, and conformity. The analysis posits that these biases are not merely individual flaws but are actively exploited by real power factors, becoming the psychological substrate that facilitates the implementation of the "Fascism 2.0" model globally, whether through China's "Totalitarianism of Vigilance" or the West's "Distributed Big Brother," The Brazilian "Bureaucratic Establishment" is presented as a local manifestation of this model, using judicial activism as a new form of veiled hard power to maintain the status quo. The paper concludes that the solution lies in a personal, epistemological, and ethical awakening. By fostering intellectual rigor through an understanding of scientific methodology and ethical principles of discourse, the individual can transcend their condition of an apathetic consumer and become an engaged citizen, thereby challenging the foundations of this new form of technocratic control.

Keywords: Consumerist Citizenship; Fascism 2.0; Bureaucratic Estate; Cognitive Biases; Epistemology; Discourse Ethics; ABNT.




Resumo


Este artigo analisa a emergência da figura do "cidadão consumerista" como resultado de uma dinâmica intergeracional e como um substrato social essencial para o sucesso de uma nova arquitetura de poder: o Estado Fascista Tecnocrático Consumerista, ou "Fascismo 2.0". O estudo argumenta que a atual geração de jovens no mercado de trabalho ("Geração Z") desenvolveu um padrão comportamental de descredibilidade, inércia e indiferença, culminando em um niilismo atomista e na busca por prazeres imediatos. Esse estado mental e intelectual, caracterizado por um baixo desempenho cognitivo, torna os indivíduos suscetíveis a vieses como o de ancoragem, disponibilidade e conformidade. A análise sugere que esses vieses são ativamente explorados pelos Fatores Reais de Poder, tornando-se ferramentas que facilitam a implementação do "Fascismo 2.0" em escala global, seja através do "Totalitarismo da Vigilância" da China ou do "Grande Irmão Distribuído" do Ocidente. O "Estamento Burocrático Brasileiro" é apresentado como uma manifestação local desse modelo, utilizando o ativismo judicial como uma nova forma de hard power velado para a manutenção do status quo. O artigo conclui que a solução reside em uma conscientização pessoal, epistemológica e ética. Por meio do desenvolvimento do rigor intelectual, da compreensão da metodologia científica e dos princípios da ética do discurso, o indivíduo pode transcender sua condição de consumidor apático e se engajar ativamente, minando os alicerces dessa nova forma de controle tecnocrático.

Palavras-Chave: Cidadania Consumerista; Fascismo 2.0; Estamento Burocrático; Vieses Cognitivos; Epistemologia; Ética do Discurso; ABNT.





1. Introdução: O Diagnóstico da Nossa Condição



1.1. O Cenário Distópico do "Fascismo 2.0" e Seus Sintomas


A contemporaneidade global se desenha sob a sombra de um desafio civilizacional de proporções sem precedentes. A presente análise propõe que estamos em uma trajetória inexorável em direção ao que se denomina "Fascismo 2.0", um modelo distópico que se diferencia fundamentalmente de seus antecessores históricos. Longe de se manifestar através do ultranacionalismo explícito e do terror violento das ditaduras do século XX, este novo paradigma de poder se constrói sobre as bases de uma arquitetura sutil e pervasiva, impulsionada por uma combinação de fatores internos da mentalidade humana e instrumentos externos de controle tecnocrático.1 Este é um desafio definitivo, pois se enraíza na própria condição social e psicológica do indivíduo, que se torna a matéria-prima para a consolidação de um poder que não é tanto imposto, mas progressivamente cedido. O diagnóstico, portanto, não é apenas político ou econômico, mas antes de tudo, uma radiografia da própria psique coletiva, identificando os sintomas deste novo sistema de controle que afeta indivíduos e nações em todo o mundo.


1.2. O "Cidadão Consumerista": A Matéria-Prima para o Novo Modelo de Poder


O sintoma mais proeminente e a precondição fundamental para a ascensão do "Fascismo 2.0" é a emergência da figura do "cidadão consumerista".1 Esta figura, uma síntese da dinâmica intergeracional, em especial da "Geração Z", é caracterizada por um padrão comportamental de descredibilidade, inércia e indiferença. O indivíduo se retira do engajamento cívico e político, preferindo um ostracismo atomista e a busca incessante por prazeres imediatos.1 Esse estado mental e intelectual é marcado por um baixo desempenho cognitivo, um "desestímulo na busca da Excelência" e a "incapacidade de praticar o auto didatismo", que tornam o indivíduo mentalmente despreparado e intelectualmente não treinado.1 A análise revela que essa condição não é uma vítima passiva do sistema, mas um participante necessário, e talvez até mesmo voluntário, de sua própria subjugação. A sua apatia e desengajamento criam o substrato social sobre o qual a nova arquitetura de poder é construída, pois o sistema de controle opera na negação do pensamento crítico e no reforço de vieses cognitivos.1 A relação entre a apatia popular e o poder tecnocrático é, assim, uma fundação simbiótica sobre a qual a nova ordem se ergue, oferecendo conveniência e conforto em troca de controle e soberania individual.


1.3. A Proposta de Análise: Do Diagnóstico ao Roteiro de Superação


O presente trabalho se propõe a desvendar a lógica interna desse fenômeno complexo. A análise partirá do diagnóstico de nossas próprias fragilidades, identificando as causas internas que nos tornam vulneráveis a esse novo modelo de poder. Em seguida, traçará a genealogia da polarização política contemporânea, revisitando a origem histórica dos termos "esquerda" e "direita" e a explosão totalitária do século XX para compreender a "assimetria de rótulos" que define o debate atual. O estudo se aprofundará na estrutura de poder do século XXI, desvelando os mecanismos de controle que operam através dos vieses cognitivos e de uma "convergência funcional" entre o Estado e o mercado. Por fim, o artigo examinará a manifestação local deste modelo no Brasil, por meio do "Estamento Burocrático," e apresentará um roteiro de superação, delineando as "cartadas" que o indivíduo e a sociedade podem jogar contra essa distopia em ascensão.



2. As Causas Internas: Uma Crise de Virtudes



2.1. A Falência Ética, Educacional e Disciplinar como Gênese do Problema


No cerne do diagnóstico dos nossos problemas, reside uma falha estrutural na própria mentalidade do indivíduo moderno. A raiz de todos os males que alimentam o "Fascismo 2.0" não se encontra em um inimigo externo, mas na ausência de virtudes individuais que se manifestam em uma profunda falência ética, educacional e disciplinar. Esta ausência cria um vácuo moral e de identidade que é preenchido pela conveniência e pelo controle tecnocrático. A sociedade, ao abdicar de um ideal de excelência (aretê aristotélica) 1, torna-se passível de manipulação, pois a busca por um propósito maior é substituída por uma sucessão de prazeres fugazes e uma retirada do engajamento cívico. A patologia social, portanto, é o reflexo direto de uma crise de caráter e de uma negligência com o cultivo das qualidades humanas essenciais para a autonomia e o pensamento crítico.


2.2. O Materialismo Comodista (Lei do Mais Fácil) e a Satisfação Imediata


O sintoma mais imediato da crise de virtudes é o "Materialismo Comodista", regido pela "Lei do Mais Fácil". Em uma sociedade que se retira do esforço e da disciplina, a busca por conveniência e satisfação imediata torna-se o principal motor do comportamento. Somos constantemente estimulados por uma miríade de plataformas e instituições, da mídia ao mercado de consumo, a buscar uma gratificação instantânea que se retroalimenta em um ciclo vicioso. O indivíduo torna-se um consumidor voraz de bens, serviços e informações, mas perde a capacidade de produzir algo significativo para si ou para a sua comunidade. O objetivo da vida se torna a minimização do esforço e a maximização do conforto, uma condição que, paradoxalmente, torna o indivíduo mais frágil e dependente dos sistemas que o controlam.


2.3. O Relativismo Culturalista (Acreditar no que Queremos Crer) e a Verdade Subjetiva


Para justificar o "Materialismo Comodista", o indivíduo adota uma ferramenta intelectual que o libera da necessidade de auto-análise crítica: o "Relativismo Culturalista". Em vez de buscar a verdade objetiva, a "como as coisas realmente são", a pessoa abraça o "voluntarismo nominalista", onde cada um cria a sua própria realidade e verdade . A consequência é um colapso epistemológico: o indivíduo perde a capacidade de discernir entre um problema físico com uma solução (mesmo que caótica, como o Problema dos Três Corpos) e um paradoxo lógico que exige a reavaliação de suas premissas.1 Este estado de "cegueira epistemológica" facilita a manipulação, pois a coerência e a consistência da argumentação tornam-se menos importantes do que a validação de uma opinião pessoal. O debate público, nesse cenário, deixa de ser uma busca por conclusões mais coerentes e objetivas e se transforma em uma mera disputa de narrativas.


2.4. O Dualismo Pecaminoso (O Conflito Interno) e a Base da Ação Humana


Na base de todos os problemas, o autor sugere uma causa fundamental e inerente à natureza humana: o "Dualismo Pecaminoso". O ser humano é apresentado como um ser em conflito, dividido entre opostos como ordem e caos, certo e errado, esquerda e direita. Essa luta interna é a fonte de toda a disfunção individual e social. O autor levanta a hipótese, em uma provocação filosófica, de que esse conflito constante seria uma espécie de "pecado original" inerente à nossa condição. Este dualismo ontológico fornece uma explicação para a nossa inclinação ao Materialismo Comodista e ao Relativismo Culturalista, pois, incapazes de resolver o conflito interno, buscamos refúgios externos e justificativas subjetivas que nos isentam do esforço de confrontar essa luta.




3. O Ponto de Partida: A Assimetria de Rótulos e a Morte de Charlie Kirk



3.1. A Narrativa-Gatilho: O Assassinato de um Ativista Pela Paz


A reflexão sobre a polarização política contemporânea e a perigosa assimetria na aplicação de rótulos tem seu ponto de partida na trágica narrativa do assassinato de Charlie Kirk.2 O ativista conservador, fundador da Turning Point USA, foi morto a tiros durante um debate universitário, um evento que, de acordo com o autor Davi Aragão, deveria ter sido um momento para o diálogo pacífico. A tragédia, no entanto, serviu como um catalisador para uma análise mais profunda do estado da política e da mídia.


3.2. A Tragédia da Narrativa: A Incomodidade de Certas Mortes


O que tornou este evento particularmente revelador, segundo a análise, foi a resposta de certas esferas da sociedade. O autor questiona por que a morte de alguém que promovia o debate foi, em alguns círculos, tratada com desconforto, como se a sua morte pudesse "atrapalhar certas narrativas políticas".4 Esta reação, que pareceu uma tentativa de minimizar a gravidade do ato, é apresentada como uma manifestação em tempo real do fenômeno de guerra de narrativas.1 A tragédia não foi vista apenas como um crime, mas como um "divisor de águas" que expôs a escalada da violência política e a forma como a mídia e os criadores de conteúdo 5 reagem de maneira assimétrica a eventos semelhantes dependendo do alinhamento ideológico da vítima.


3.3. A Questão Central: A Desigualdade na Aplicação de Rótulos Políticos


A partir desta observação, o artigo levanta a questão central: "Por que defensores de valores tradicionais são tão rapidamente classificados como extrema-direita ou fascistas, enquanto movimentos genuinamente radicais de esquerda raramente recebem rótulos com o mesmo peso?". A resposta, segundo o autor, reside na "crescente e perigosa assimetria" na forma como esses rótulos são aplicados. O evento de Charlie Kirk é, assim, o estudo de caso que introduz a tese de que a polarização atual não é uma mera disputa entre ideias, mas uma batalha desleal onde a própria linguagem e os termos do debate são descalibrados e utilizados como ferramentas de controle narrativo.




4. As Raízes Históricas da Polarização: De 1789 ao Século XX



4.1. A Revolução Francesa: A Origem Espacial de "Esquerda" e "Direita"


A origem dos termos que definem o espectro político ocidental é, ironicamente, de natureza espacial. Na Assembleia Nacional Constituinte de 1789, durante a Revolução Francesa, os membros se organizaram fisicamente de acordo com suas opiniões políticas.6 À direita do presidente, sentaram-se aqueles que defendiam a manutenção do status quo, a tradição e a autoridade do rei, representando a nobreza e o clero. À esquerda, sentaram-se os revolucionários, como os jacobinos 7, que defendiam mudanças radicais, a limitação do poder real e a igualdade civil.6 Assim, "direita" passou a significar conservação, tradição e ordem, enquanto "esquerda" passou a significar progresso, mudança e igualdade.


4.2. A Revolução Industrial: A Disputa entre Ideologias Modernas


Com o advento da Revolução Industrial no século XIX, o foco do debate político se deslocou do poder do rei para as questões econômicas e sociais.8 A industrialização e a urbanização trouxeram um turbilhão de novas ideologias.9 A esquerda se materializou na teoria da luta de classes de Karl Marx, que no Manifesto Comunista de 1848, prometia uma revolução que levaria a uma sociedade sem classes, Estado e propriedade privada. Em oposição, a direita se organizou em duas vertentes principais: o conservadorismo clássico de Edmund Burke, que advogava por mudanças graduais e respeito às instituições, e o liberalismo econômico de Adam Smith, que defendia o livre mercado e um Estado limitado. Por décadas, essa tensão foi produtiva, operando dentro do jogo democrático e gerando avanços sociais.


4.3. O Século XX: A Desumanização do Adversário e a Explosão Totalitária


O século XX é apresentado como o momento em que a disputa ideológica ultrapassou os limites do debate democrático e se transformou em movimentos totalitários, desumanizando o adversário. A Revolução Bolchevique de 1917, por exemplo, resultou no "Terror Vermelho" de Lênin e, posteriormente, no regime de Stalin, que é responsabilizado pela morte de mais de 20 milhões de pessoas.10 Do outro lado do espectro, a ascensão do fascismo de Mussolini e do nazismo de Hitler, em grande parte como reação ao medo do comunismo, levou a um número igualmente assustador de mortos, com o regime nazista sendo responsável pela morte de aproximadamente 17 milhões de civis, incluindo 6 milhões de judeus no Holocausto.10 O que une esses regimes ideologicamente opostos são as "similaridades assustadoras" em seus métodos de controle: eliminação da oposição, partido único, supressão da imprensa, cultos a líderes, polícias secretas (Gestapo e NKVD) e campos de concentração/gulags.




5. A Assimetria Moral Pós-Guerra e a "Longa Marcha" da Nova Esquerda



5.1. A Condenação Total do Nazifascismo vs. a Relativização do Comunismo


A análise argumenta que, após o século XX, uma assimetria moral se consolidou no Ocidente e se tornou a "primeira chave" para entender a descalibragem dos rótulos hoje. O nazifascismo foi condenado como um mal absoluto, enquanto o comunismo, apesar de um número de mortos consideravelmente maior 10, teve seu ideal "relativizado". A foice e o martelo, símbolos da luta por equidade, continuaram a ser aceitos em diversas esferas, enquanto a suástica se tornou um tabu universal.12 Esta disparidade de tratamento estabeleceu uma dupla moral: uma ideologia de esquerda poderia ser criticada por seus resultados, mas não por seu "nobre" ideal, enquanto a ideologia nazista era condenada em sua essência, sem espaço para qualquer resgate.11 Este desequilíbrio na contabilidade histórica dos crimes do século XX pavimentou o caminho para a guerra de narrativas do presente.


5.2. A Crise da Esquerda Clássica e a Teoria da Hegemonia Cultural (Gramsci)


Com a prosperidade capitalista nos anos 50 e 60, a classe trabalhadora ocidental se tornou mais "consumidora" do que "revolucionária", criando uma crise existencial para a esquerda clássica. O fracasso da revolução do proletariado exigiu uma nova estratégia. Pensadores como Herbert Marcuse, da Escola de Frankfurt, argumentaram em O Homem Unidimensional que a sociedade moderna usava o conforto e a cultura para criar um "controle suave", tornando os cidadãos passivos.14 Antonio Gramsci ofereceu a solução teórica: a hegemonia cultural.14 Ele defendia que o poder não estava apenas no Estado, mas nas instituições que moldam a cultura (universidades, mídia, artes). Para tomar o poder, a esquerda precisaria primeiro "mudar a música", ou seja, conquistar essas instituições, em uma "longa marcha" 16 que não se daria em campo de batalha, mas nas salas de aula e redações.


5.3. A Conquista das Instituições e a Instrumentalização da Cultura


A estratégia da "longa marcha pelas instituições" foi sistematicamente implementada a partir dos anos 70 e 80, com ex-ativistas estudantis ingressando em carreiras acadêmicas e na mídia, transformando-as por dentro. Isso resultou em uma "hegemonia de pensamento progressista" que, por sua vez, criou um mecanismo sistemático de rótulos. Este mecanismo opera em três passos: primeiro, o Enquadramento Acadêmico, onde a universidade, dominada pela teoria crítica, reinterpreta valores tradicionais (ex: família) como "estruturas de opressão" (ex: patriarcado). Em seguida, a Amplificação Midiática, onde a mídia, com jornalistas alinhados a essa visão, transforma essas interpretações em manchetes, descrevendo um político conservador não como alguém com opinião diferente, mas como alguém que faz "discurso de ódio." Por fim, a Solidificação Cultural, onde a cultura pop (séries, filmes, música) transforma essa imagem em arquétipos, com o conservador sendo retratado como vilão ou ignorante. O resultado é uma pressão social que leva ao "cancelamento" e a uma percepção distorcida da realidade política.




6. O “Tecnocentrismo” no modelo estatal fascista contemporâneo (“Fascismo 2.0”) como mecanismo de Controle do Século XXI: Os Vieses Cognitivos e a Estrutura de Poder



6.1. A Cegueira Epistemológica do "Cidadão Consumerista"


A condição do "cidadão consumerista" não se manifesta apenas em seu comportamento de consumo, mas em seu profundo estado de "cegueira epistemológica" e "vazio intelectual".1 Um baixo desempenho intelectual, exemplificado pela métrica do "QI 83" médio para o cidadão brasileiro, torna o indivíduo mentalmente despreparado para o pensamento crítico.1 Esse estado de espírito cria uma tendência a conclusões acríticas e baseadas em vieses, que são explorados de forma sistemática pelos Fatores Reais de Poder para sustentar o modelo estatal do "Fascismo 2.0".1


6.2. A Exploração Sistemática dos Vieses de Ancoragem, Disponibilidade e Conformidade


A análise demonstra que os vieses cognitivos não são meras falhas individuais, mas o substrato psicológico ativamente instrumentalizado para o controle social.1


O Viés de Ancoragem ¹, a tendência de se apegar à primeira informação recebida, é explorado para moldar a narrativa inicial e influenciar o raciocínio subsequente em campanhas políticas e de marketing digital. O exemplo da "teoria do charuto" de Daniel Kahneman ilustra como âncoras completamente irrelevantes podem distorcer o julgamento.


O Viés de Disponibilidade ¹ é a tendência de dar mais peso a informações que são mais facilmente lembradas, frequentemente por serem recentes, vívidas ou impactantes. A mídia e as redes sociais são os principais mecanismos para a exploração desse viés 1, saturando o ambiente digital com informações enviesadas para fazer com que narrativas preferenciais pareçam mais comuns ou verídicas do que realmente são.


O Viés de Conformidade (ou de Manada) ¹ é o efeito de seguir o comportamento ou a crença da maioria. Ele é a base da coesão social em um sistema que não precisa de terror explícito para garantir a obediência. Permite o controle por meio da pressão social e do desejo de aceitação, em vez de coerção direta, como o exemplo de um amigo que frequenta um restaurante que não gosta apenas para se encaixar socialmente. A exploração desses vieses é o principal mecanismo pelo qual a sociedade, embora nominalmente livre, é facilmente controlada.


A Lógica Distorcida do Cidadão Consumerista: Vieses Cognitivos e Suas Implicações


Viés Cognitivo

Definição

Implicação para o Fascismo 2.0

Ancoragem

Dependência excessiva da primeira informação recebida, que serve como âncora para julgamentos e decisões posteriores.1

Explorado na propaganda digital para moldar a narrativa inicial e influenciar o raciocínio subsequente, como em campanhas eleitorais ou definição de pautas políticas.1

Disponibilidade

Tendência de dar mais peso a eventos que são mais fáceis de serem lembrados por serem recentes, vividos ou impactantes.1

Utilizado para saturar o ambiente digital com informações enviesadas, fazendo com que narrativas preferenciais pareçam mais comuns ou verídicas, em detrimento de dados estatísticos.1

Conformidade (Manada)

Tendência de alinhar as próprias crenças ou comportamentos aos de um grupo para evitar o ostracismo.1

A base da coesão social em um sistema que não usa terror explícito. Permite o controle por meio da pressão social e do desejo de aceitação, em vez de coerção direta.1


6.3. A Convergência Funcional de Poder: Soft e Hard Power em um "Grande Irmão Distribuído"


A análise demonstra uma notável convergência funcional na arquitetura do poder do século XXI, que transcende as ideologias clássicas. O soft power, tradicionalmente a capacidade de persuasão, se metamorfoseou em uma "guerra de narrativas" digital, onde a desinformação e a propaganda são direcionadas através da manipulação algorítmica do comportamento online.1 Longe de ser exclusiva de regimes autocráticos, essa tática é plenamente abraçada por partidos políticos ocidentais, tornando a política uma máquina de persuasão que se assemelha ao aparato de controle de estados totalitários.1


O hard power ¹, tradicionalmente definido pela coerção militar, também se dissimulou e se internalizou. A militarização da polícia no Ocidente é um exemplo desse novo hard power doméstico, onde a coerção não desaparece, mas se torna mais cirúrgica e menos visível, exercida de forma racionalizada contra a própria população. O modelo de "Totalitarismo da Vigilância" da China, com o seu Sistema de Crédito Social (SCS), é replicado no Ocidente através de uma fusão entre o Estado e o mercado, onde a coleta de dados por grandes empresas de tecnologia (Big Tech) em um ecossistema orientado pelo lucro se alinha aos interesses do governo. O resultado é o que se pode denominar "Grande Irmão Distribuído", onde o controle é exercido por uma rede interconectada de atores, e a responsabilidade por violações de privacidade é diluída. O "cidadão consumerista" não é apenas uma vítima passiva da vigilância, mas participa ativamente na construção desse sistema ao ceder voluntariamente sua privacidade em troca de conveniência, tornando o mecanismo de controle uma "característica desejada de seu estilo de vida".




7. O "Fascismo 2.0" no Brasil: A Manifestação do Estamento Burocrático



7.1. A Dinâmica Econômica do Rentismo e a Falência Seletiva


No Brasil, a manifestação local do modelo "Fascismo 2.0" é o "Estamento Burocrático Brasileiro".1 Esta estrutura de poder secular, com raízes no "caudilismo" e no "coronelismo" 1, foi substituída por uma tríade de poder que se retroalimenta: banqueiros, latifundiários e políticos. A dinâmica econômica é regida pelo rentismo, com a política de juros altos como pilar central, que desestimula o investimento produtivo na economia real e canaliza a riqueza para a "renda fixa".1 Este mecanismo, o carry trade 1, permite que o capital da elite rentista se multiplique sem a necessidade de trabalho, inovação ou risco. O sistema subverte a lógica de mercado também através da "falência seletiva de 'campeões nacionais'".1 Em vez de permitir que grandes empresas com dívidas colossais, como a Oi, sejam submetidas à falência, o sistema as "salva" por meio de complexas reestruturações.1 Este sistema de privilégios subverte o liberalismo nominal e demonstra o caráter tecnocrático do modelo: o poder reside na capacidade de manipular as regras do sistema para garantir a continuidade de um grupo de poder.


7.2. O Ativismo Judicial (“hiperbólico”…): A Metamorfose do Hard Power no Judiciário


A instrumentalização do hard power no Brasil é particularmente singular, pois a coerção não é exercida pelo aparato militar ou policial de forma explícita, mas internalizada no próprio Judiciário.1 O Supremo Tribunal Federal (STF) atua como um "braço de hard power" para o Estamento Burocrático, exercendo um papel de "garantidor institucional" na manutenção do status quo.1 A "judicialização da política" não é um sintoma de uma democracia vibrante, mas de um sistema onde a elite de poder usa a lei de forma "protetora" para neutralizar desafios e impor sua visão.1 O ativismo judicial, caracterizado pelo emprego de recursos hermenêuticos promocionais, tornou-se o estágio final e mais sofisticado do hard power no "Fascismo Brasileiro".1 A análise argumenta que essa prática, ao relegar os embates políticos para o Judiciário, permite que o poder contramajoritário e predominantemente técnico se sobreponha aos embates próprios das casas legislativas e chefias do executivo, desconsiderando as eventuais omissões como encargos toleráveis aos eleitores que elegem seus representantes.1


7.3. O Inquérito das Fake News (Inq. 4781) como Estudo de Caso


O "Inquérito das Fake News" (Inq. 4781) é um exemplo emblemático dessa dinâmica.1 A instauração do inquérito pelo próprio presidente do STF, sem a solicitação de outro órgão como o Ministério Público, permitiu que a Corte atuasse como investigadora, acusadora e julgadora de casos que a envolvem diretamente.1 O uso da "legalidade" regimental como um manto para decisões essencialmente ideológicas permite ao Judiciário se tornar um ator político que neutraliza ameaças ao sistema que o garante. Ao subverter a base do diálogo e do devido processo, o ativismo judicial viola a premissa de um debate livre e equitativo, tornando-se uma ferramenta de coerção que opera sob o manto da lei.1


Tabela 2: Convergência Funcional do Poder: do Fascismo Clássico ao Estamento Burocrático Brasileiro


Característica

Fascismo Clássico (Itália/Alemanha)

Modelo Chinês (RPC)

Modelo Ocidental (EUA/Europa)

Modelo Brasileiro (Estamento Burocrático)

Ideologia Central

Ultranacionalismo, hierarquia racial.1

Comunismo (nominal), ultranacionalismo tecnológico.1

Liberalismo Nominal, Ideologia do Consumo.1

Liberalismo nominal, Rentismo, Ideologia do Consumo.1

Relação Estado-Partido

Fusão total entre Estado e um único partido, liderado por uma figura carismática.1

Fusão, com o PCC em hierarquia superior ao Estado.1

Fusão entre Estado e Big Tech; poder exercido por um "Grande Irmão Distribuído".1

Fusão entre Estado, Partidos e Iniciativas Econômicas; poder exercido por um "Estamento Burocrático" com interdependência de interesses.1

Modelo Econômico

Economia mista, intervencionista e militarista.1

"Capitalismo de Estado", instrumentalizando o mercado para fins estatais estratégicos.1

"Capitalismo de Vigilância", onde o mercado co-opta o comportamento de consumo.1

"Capitalismo de Estado" extrativista e rentista, orientado para o carry trade e a exportação de commodities.1

Método de Controle Social

Repressão violenta, terror policial e propaganda.1

Vigilância digital em massa, sistema de crédito social.1

Algoritmos de persuasão, militarização policial, pressão social e endividamento.1

Ativismo judicial como hard power velado, rentismo e falência seletiva de "campeões nacionais".1





8. As Cartadas Contra a Distopia: Roteiros para a Superação


O texto não se limita a diagnosticar o problema, mas também propõe um roteiro para a superação da distopia, delineando três estratégias distintas, que o autor denomina "cartadas" contra o "Fascismo 2.0". Estas “cartadas” não são de igual peso ou natureza; representam uma progressão do mais viável e imediato ao mais extremo e existencial, conforme o vislumbre das propostas a seguir, aqui e nos futuros estudos.



8.1. A Primeira Cartada: A Renascença das Virtudes Humanas (através do amadurecimento da auto consciência autocrítica pela vivência empírica e sua compreensão máxima objetiva possível pelo método científico a respeito de tudo e de todos, com o auto compromisso de realizar tais buscas com “excelência”).


Esta é a solução principal e mais premente, pois ataca a causa interna do problema: a falência de caráter do indivíduo moderno. O autor defende que a superação do "Fascismo 2.0" se inicia com uma renovação ética e o cultivo de um "cidadão emancipatório".1 Isso se manifesta na busca pela excelência aristotélica (aretê) em todas as esferas da vida.1 A renascença das virtudes humanas exige o desenvolvimento de um rigor intelectual, incluindo a capacidade de distinguir entre um problema físico e um paradoxo lógico, bem como a compreensão de uma "bússola epistemológica" que diferencia fato, lei e teoria.1 A crise do Ocidente, que o torna vulnerável a modelos como o "Fascismo 2.0", é, em sua essência, um "vácuo moral e de identidade".1 A única solução duradoura é uma revolução ética individual que se espalhe para a comunidade, em uma "longa marcha intergeracional" para superar as armadilhas do sistema atual.


Assim, o autor conclui que as causas do tecnocentrismo e de todos os atuais desafios que temos diante do que denominamos como “Fascimo 2.0” se originam em nossa própria mentalidade e se manifestam no mundo em que vivemos e que devemos mitigar esses males buscando entender a tudo e a todos de forma consciente autocrítica e baseado no método científico e na teoria geral do conhecimento, através da observação da verdade objetiva da realidade ou das conjecturas dos imperativos categóricos daquilo que criamos e convivemos entre si, vislumbrando a lógica das leis que determinam nossa realidade fática e social, buscando entender seus raciocínios baseados em modelos teóricos consolidados, testando hipóteses e superando incoerências e inconsistências de meras opiniões, resolvendo problemas e evitando vieses e paradoxos, obtendo conclusões a respeito de tudo e de todos de forma mais coerente, coesa e objetiva possível, a depender da capacidade mental analítica obtida e da busca máxima na excelência dos nossos comportamentos para tais fins, como melhor estudaremos a seguir.


8.2. A Segunda Cartada: A Singularidade Tecnológica como Fator de Descontrole


Caso a "renascença das virtudes" não seja suficiente, o texto aponta para uma solução paradoxal e imprevisível: a singularidade tecnológica. A ideia é que o avanço descontrolado da tecnologia, em particular da inteligência artificial super-humana 18, poderia criar um cenário onde as hegemonias atuais perdem o controle, minando a própria estrutura do "Fascismo 2.0". 

O "tecnocentrismo" que permitiu a ascensão do "Grande Irmão Distribuído" também pode se tornar uma força de desestabilização. 

A singularidade tecnológica, vista como uma hipótese que relaciona o crescimento desenfreado da inteligência artificial a mudanças irreversíveis na civilização humana 18, poderia funcionar como um evento de "reação desenfreada" que, ao ultrapassar toda a inteligência humana, inadvertidamente anularia as atuais formas de controle tecnocrático. Esta "cartada" é apresentada como uma "última carta na manga", um recurso à imprevisibilidade do progresso técnico para romper um sistema que é, por definição, um sistema de controle.


8.3. A Terceira Cartada: A Solução Apocalíptica


Esta é a opção mais extrema e a mais desesperadora e não se trata sequer de uma opção teórica, quiçá técnica, posto se tratar de uma hipótese intrinsecamente transcendental e categórica, como  uma conclusão integralmente conjectural e baseado em uma ética cristã a qual apenas pessoas fiés a fé e a religião cristã podem aceitar como possível, se tratando de uma mera opinião do autor, o qual também é cristã, em desobrigação dos demais leitores. 

Para o autor seria essa a "apoteose transcendental do fim de todas as coisas". Em um nível de desespero máximo, onde as soluções individuais e tecnológicas falham, a Fé e um evento apocalíptico poderiam ser a solução final para o problema. A literatura apocalíptica, historicamente, surge em momentos de aflição, servindo como uma forma de "esperança com vista à sobrevivência da comunidade durante aquele período caótico".19 O autor sugere que a solução, em última instância, poderia ser um reinício total, um evento de escala transcendental que reformule as bases da existência e da sociedade, um tipo de salvação para aqueles que se sentem excluídos e sem influência na vida política, econômica e social.19



9. Considerações Finais


A ascensão do "Fascismo 2.0" é um fenômeno complexo e multifacetado, que não pode ser compreendido por meio de categorias ideológicas simplistas. A análise demonstra que este novo modelo de poder é uma arquitetura funcional que opera através de uma complexa teia de controles culturais, psicológicos e tecnológicos, cuja eficácia depende da apatia e da falência de virtudes do "cidadão consumerista". O diagnóstico dos nossos problemas se origina, portanto, em nossa própria mentalidade e se manifesta em um sistema de controle onde a coerção é internalizada e o engajamento cívico é substituído pelo consumismo.

As implicações para o futuro político e social são profundas. Ao localizar o problema em nossas próprias deficiências, a presente análise rejeita soluções meramente políticas ou econômicas. A única resposta viável e verdadeiramente emancipadora é a "Primeira Cartada": uma revolução ética individual. Somente através de uma renovação moral, da busca por excelência e do cultivo da autonomia intelectual, o indivíduo pode transcender sua condição de consumidor e se tornar um cidadão engajado, capaz de pensar criticamente e de agir com responsabilidade cívica, minando os alicerces dessa nova forma de controle tecnocrático.






OBSERVAÇÃO


O presente artigo (paper) se trata de um rascunho para os demais fins oficiais e acadêmicos, dependendo de critérios de validação, como análise editorial para publicação em periódicos de autoridade no respectivo segmento científico em exposição, bem como de análise de pares, para convalidação dos fundamentos e argumentos trazidos ao presente artigo.



Referências pesquisadas


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Referências citadas

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  16. Gramsci e a dialética da tradução na América Latina: o caso das revistas Pasado y Presente e Presença - unicamp (ri), acessado em setembro 21, 2025, https://repositorio.unicamp.br/Busca/Download?codigoArquivo=495556

  17. Correcção Política: a longa marcha (1923-2020) – Observador, acessado em setembro 21, 2025, https://observador.pt/opiniao/correccao-politica-a-longa-marcha-1923-2020/

  18. Singularidade tecnológica – Wikipédia, a enciclopédia livre, acessado em setembro 21, 2025, https://pt.wikipedia.org/wiki/Singularidade_tecnol%C3%B3gica

  19. A literatura apocalíptica enquanto género literário, acessado em setembro 21, 2025, https://research.ulusofona.pt/files/21055393/literatura_apocaliptica_enquanto_genero_literario.pdf

  20. Singularidade tecnológica transumanista e seus impactos nas relações de trabalho: inclusão x desigualdades - JusLaboris, acessado em setembro 21, 2025, https://juslaboris.tst.jus.br/handle/20.500.12178/234637

  21. O “Apocalipse das IAs” pode acontecer ainda nesta década? Tem quem acredite que sim, acessado em setembro 21, 2025, https://innovationhubshow.com.br/o-apocalypse-das-ias-pode-acontecer-ainda-nesta-decada-tem-quem-acredite-que-sim/

 










O mínimo que você atualmente ainda não sabe pelo fato de ser um 

"cidadão consumerista" 

(e como resolver isso)




ADAM TELLES DE MORAES


Habilitação Nacional de Advogado - OAB 

(Código da credencial: 155744/RJ) 


Professional development certificate in Global Business Management - 

Massachusetts Institute of Business - MIB 

(Código de credencial 7F40D3D8-0AF7-4F30-AFFE-38B39EC7ECD3)




Abstract


This paper analyzes the emergence of the "consumerist citizen" as a product of intergenerational dynamics and as a fundamental precondition for the success of a new architecture of power: the Technocratic Consumerist Fascist State, or "Fascism 2.0".1 The study argues that the current generation of young workers and family founders ("Generation Z") developed a behavioral pattern characterized by disbelief, inertia, and indifference, leading to a nihilistic atomism and a turn towards immediate pleasures. This psychological and intellectual state, marked by a low intellectual performance, makes individuals susceptible to cognitive biases such as anchoring, availability, and conformity. The analysis posits that these biases are not merely individual flaws but are actively exploited by real power factors, becoming the psychological substrate that facilitates the implementation of the "Fascism 2.0" model globally, whether through China's "Totalitarianism of Vigilance" or the West's "Distributed Big Brother".1 The Brazilian "Bureaucratic Establishment" is presented as a local manifestation of this model, using judicial activism as a new form of veiled hard power to maintain the status quo.1 The paper concludes that the solution lies in a personal, epistemological, and ethical awakening. By fostering intellectual rigor through an understanding of scientific methodology and ethical principles of discourse, the individual can transcend their condition of an apathetic consumer and become an engaged citizen, thereby challenging the foundations of this new form of technocratic control.


Keywords: Consumerist Citizenship; Fascism 2.0; Bureaucratic Estate; Cognitive Biases; Epistemology; Discourse Ethics; ABNT.


Resumo


Este artigo analisa a emergência da figura do "cidadão consumerista" como resultado de uma dinâmica intergeracional e como um substrato social essencial para o sucesso de uma nova arquitetura de poder: o Estado Fascista Tecnocrático Consumerista, ou "Fascismo 2.0".1 O estudo argumenta que a atual geração de jovens no mercado de trabalho ("Geração Z") desenvolveu um padrão comportamental de descredibilidade, inércia e indiferença, culminando em um niilismo atomista e na busca por prazeres imediatos. Esse estado mental e intelectual, caracterizado por um baixo desempenho cognitivo, torna os indivíduos suscetíveis a vieses como o de ancoragem, disponibilidade e conformidade. A análise sugere que esses vieses são ativamente explorados pelos Fatores Reais de Poder, tornando-se ferramentas que facilitam a implementação do "Fascismo 2.0" em escala global, seja através do "Totalitarismo da Vigilância" da China ou do "Grande Irmão Distribuído" do Ocidente.1 O "Estamento Burocrático Brasileiro" é apresentado como uma manifestação local desse modelo, utilizando o ativismo judicial como uma nova forma de hard power velado para a manutenção do status quo.1 O artigo conclui que a solução reside em uma conscientização pessoal, epistemológica e ética. Por meio do desenvolvimento do rigor intelectual, da compreensão da metodologia científica e dos princípios da ética do discurso, o indivíduo pode transcender sua condição de consumidor apático e se engajar ativamente, minando os alicerces dessa nova forma de controle tecnocrático.


Palavras-Chave: Cidadania Consumerista; Fascismo 2.0; Estamento Burocrático; Vieses Cognitivos; Epistemologia; Ética do Discurso; ABNT.




1. Introdução: O Vácuo Intergeracional e a Emergência do Cidadão Consumerista


A paisagem social e política contemporânea é moldada por uma complexa dinâmica intergeracional. A "Geração Z," atualmente no mercado de trabalho e formando as futuras famílias, exibe uma reação aos "excessos da Geração Millenium". Essa reatividade, entretanto, não se traduz em um novo ideal emancipatório, mas sim em um padrão comportamental de descredibilidade, inércia e indiferença. A figura proposta do "cidadão consumerista" é a síntese desse fenômeno: um indivíduo que se retira do engajamento cívico e político, preferindo o ostracismo atomista e a busca por prazeres imediatos.


Essa geração, nascida com a popularização da internet, é caracterizada por sua hiperconectividade e polivalência.2 O seu comportamento de consumo é marcado pela busca por conteúdo rápido, como vídeos de 15 segundos no TikTok, e pela exigência de conveniência e de experiências que se alinhem a um senso de bem-estar.3 Paralelamente, dados de uma pesquisa com gestores nos Estados Unidos revelam um sinal preocupante: um em cada cinco jovens recém-formados da Geração Z leva os pais para as entrevistas de emprego, indicando uma falta de autonomia e a necessidade de um suporte que vai além do ambiente familiar.5 Essa mentalidade se baseia em um "desestímulo na busca da Excelência" e à "incapacidade de praticar o auto didatismo," tornando o indivíduo mentalmente despreparado e intelectualmente não treinado, abrindo espaço para a manipulação por meio de vieses cognitivos.


Esse estado de espírito e comportamento é, paradoxalmente, a causa do sucesso e da adesão inegável, pelas iniciativas ocultas dos Fatores Reais de Poder nas nações atuais em todo o mundo, ao modelo estatal fascista tecnocrático consumerista (denominado "Fascismo 2.0"). 


O "Fascismo 2.0" não é um modelo imposto contra a vontade popular. Em vez disso, ele é o resultado direto de uma condição social preexistente, uma "cidadania consumerista" que, por sua apatia e desengajamento, não só aceita passivamente essa nova arquitetura de poder, mas a acolhe, desde que o mercado de consumo interno não seja prejudicado. 


Essa condição social, portanto, torna-se a matéria-prima sobre a qual o novo sistema de poder é construído. A figura do "cidadão consumerista" não é uma vítima passiva; é um participante necessário, e talvez até mesmo voluntário, de sua própria subjugação. Essa relação simbiótica entre a apatia popular e o poder tecnocrático é a fundação sobre a qual a nova ordem se ergue.



2. A Cegueira Epistemológica: Os Vícios Mentais do Cidadão Consumerista


A causa subjacente ao surgimento do "cidadão consumerista" reside em um profundo vazio intelectual e despreparo mental. O desestímulo à busca pela excelência e a incapacidade de praticar o autodidatismo resultaram em um estado mental com desempenho intelectual baixo, exemplificado pela métrica de um "QI 83" médio para o cidadão brasileiro, uma pontuação pouco acima da de alguns primatas treinados em laboratórios. Esse baixo desempenho se manifesta em uma tendência a conclusões acríticas, baseadas em vieses, que são explorados pelos Fatores Reais do Poder para sustentar o modelo estatal do "Fascismo 2.0".


Os vieses cognitivos não são meras falhas individuais; são o substrato psicológico que torna o cidadão consumerista maleável e vulnerável aos mecanismos de controle, como melhor podemos relembrar suas principais espécies incidentes a seguir:


Viés de Ancoragem:


O viés de ancoragem é a tendência de se apegar à primeira informação recebida, que serve como uma "âncora" para julgamentos subsequentes, mesmo que irrelevante. Em marketing, essa tática é explorada de diversas formas. Em uma loja de eletrônicos, por exemplo, a ancoragem de preços pode ser utilizada para influenciar a percepção do consumidor.6 Um laptop com um preço inicial de US$ 2.000 pode servir como uma âncora, fazendo com que um modelo de US$ 1.500 pareça mais acessível e vantajoso em comparação.6 Em outro caso, a "teoria do charuto" de Daniel Kahneman demonstra como uma âncora completamente irrelevante pode afetar a tomada de decisão.7 Em um experimento, pessoas que escreveram os dois últimos dígitos do seu CPF antes de estimar o preço de um charuto tendiam a dar um valor maior se esses dígitos fossem mais altos. A ausência de um valor pré-existente para o produto faz com que o cérebro se baseie na única âncora disponível, o número do CPF, para chegar a uma estimativa, mesmo que inconscientemente.7


Viés de Disponibilidade:


O viés de disponibilidade é a tendência de dar mais peso a informações ou eventos que são mais facilmente lembrados, frequentemente por serem mais recentes, vívidos ou impactantes. A mídia e as redes sociais são os principais mecanismos para a exploração desse viés.8 Por exemplo, uma pessoa pode sentir mais medo de viajar de avião do que de carro, mesmo que os dados estatísticos mostrem que o transporte aéreo é muito mais seguro. Isso ocorre porque os acidentes aéreos, quando acontecem, são amplamente divulgados, tornando-se mais "disponíveis" na memória e criando uma percepção de que são mais comuns do que realmente são.8 Da mesma forma, a ampla divulgação de certos crimes em uma determinada região pode fazer com que a população perceba o risco de violência como maior do que as estatísticas oficiais indicam, levando a decisões irracionais baseadas no medo.8


Viés de Conformidade (ou de Manada):


O viés de conformidade é o efeito de seguir o comportamento ou a crença da maioria de um grupo para evitar o ostracismo ou se sentir aceito. O documento anexo aponta que esse viés é a base para a coesão social em regimes que não mais precisam de violência aberta para garantir a obediência, mas que dependem do desejo do indivíduo de se encaixar.1 O viés de conformidade também é uma das razões subjacentes ao viés do status quo, a preferência por manter a situação atual, que é reforçada pela "aversão à perda" de privilégios ou bens já conquistados.9 O exemplo fornecido na própria pesquisa do usuário — "Um amigo que nunca gostou de um determinado restaurante, mas decide ir lá com outros amigos porque todos os outros estão indo, simplesmente para não ser 'diferente' ou perder a experiência social" — ilustra perfeitamente como a busca por pertencimento pode anular a preferência individual.


A combinação da apatia e do baixo desempenho intelectual com a exploração desses vieses cria uma sociedade que, embora nominalmente livre, é facilmente controlada. Os vieses não são apenas sintomas, mas sim ferramentas ativamente instrumentalizadas para a consolidação de um poder que opera na negação do pensamento crítico.


Tabela 1: A Lógica Distorcida do Cidadão Consumerista: Vieses Cognitivos e Suas Implicações

Viés Cognitivo

Definição

Implicação para o Fascismo 2.0

Ancoragem

Dependência excessiva da primeira informação recebida, que serve como âncora para julgamentos e decisões posteriores [User Query].

Explorado na propaganda digital para moldar a narrativa inicial e influenciar o raciocínio subsequente, como em campanhas eleitorais ou na definição de pautas políticas.

Disponibilidade

Tendência de dar mais peso a eventos que são mais fáceis de serem lembrados por serem recentes, vívidos ou impactantes [User Query].

Utilizado para saturar o ambiente digital com informações enviesadas, fazendo com que narrativas preferenciais pareçam mais comuns ou verídicas, em detrimento de dados estatísticos.

Conformidade (Manada)

Tendência de alinhar as próprias crenças ou comportamentos aos de um grupo para evitar o ostracismo [User Query].

A base da coesão social em um sistema que não usa terror explícito. Permite o controle por meio da pressão social e do desejo de aceitação, em vez de coerção direta.



3. A Estrutura de Poder do Século XXI: O Fascismo 2.0


O conceito de "Fascismo 2.0" é uma metáfora heurística, uma ferramenta analítica que transcende as ideologias clássicas para se concentrar em uma arquitetura de poder funcional.1 


Essa tese não busca uma equivalência literal com os regimes fascistas e nazistas do século XX, que se baseavam no ultranacionalismo explícito e no terror aberto. Em vez disso, o termo descreve um sistema que utiliza tecnologia, consumismo e controle social de forma sutil e pervasiva.1 O objetivo do estudo é demonstrar que, independentemente da fachada ideológica — seja a "democracia liberal" do Ocidente ou o comunismo nominal da China — os estados modernos estão convergindo para um modelo de controle que instrumentaliza os mesmos pilares de poder.1



3.1. A Co-optação de Instrumentos Tradicionais de Poder


A dinâmica do poder contemporâneo se manifesta na co-optação de instrumentos tradicionais: o soft power e o hard power.1 O soft power, a capacidade de persuasão e atração, se deslocou para a arena digital, onde partidos políticos e agentes estatais atuam em uma complexa "guerra de narrativas" por meio da manipulação algorítmica.1 


A desinformação e a propaganda direcionada se tornaram mais eficazes do que nunca, explorando o rastreamento do comportamento online para moldar o ciclo de notícias e a opinião pública.1 


Essa tática, longe de ser exclusiva de regimes autocráticos, demonstra uma notável convergência funcional. 


A política partidária ocidental, ao abraçar plenamente essas ferramentas, torna-se uma máquina de persuasão que, em sua eficácia, se assemelha ao aparato de controle de informação de estados totalitários.1


O hard power, tradicionalmente definido pela coerção militar, também se metamorfoseou.1 O uso de exércitos para o controle interno de grandes nações tornou-se complexo e ineficaz.1 A coerção é, então, internalizada e dissimulada. A militarização da polícia no Ocidente é o exemplo mais claro desse novo hard power doméstico.1 Agências de aplicação da lei adquirem equipamentos e táticas de nível militar para controlar protestos e suprimir a dissidência.1 


O material de pesquisa aponta que estudos indicam que a militarização policial aumenta a probabilidade de encontros violentos com o público.1 


Assim, a violência não desaparece, mas se torna mais cirúrgica e menos visível, exercida de forma racionalizada contra a própria população.1 


Essa internalização do poder coercitivo é um pilar central da convergência para um modelo de controle onde a violência se adapta à complexidade do mundo contemporâneo.


3.2. A Cidadania Consumerista e o "Grande Irmão Distribuído"


A ascensão do modelo chinês de "Totalitarismo da Vigilância" 1 é facilitada e replicada por fragilidades morais e políticas no Ocidente, onde a "cidadania consumerista" é a principal vulnerabilidade.1 

O "Fascismo 2.0" encontra sua manifestação mais clara na China através da implementação do Sistema de Crédito Social (SCS).1 O SCS, que monitora e pontua o comportamento de cidadãos e empresas para avaliar a "confiabilidade," representa uma transição de um totalitarismo baseado no terror para um baseado na conveniência e na vigilância.1 Um exemplo notório dessa instrumentalização é o sistema de pontos para donos de cães em cidades como Jinan, onde infrações como não limpar o excremento ou soltar o animal sem guia resultam em perda de pontos, que pode levar à confiscação do animal após reincidência. Essa abordagem demonstra como o consumo e o comportamento cotidiano são cooptados para impor conformidade e autocensura.1


Embora o Ocidente não tenha um sistema centralizado como o SCS chinês, uma arquitetura de vigilância análoga existe por meio da fusão entre o Estado e o mercado.1 A coleta de dados é realizada por grandes empresas de tecnologia (Big Tech) em um ecossistema orientado pelo lucro, onde a privacidade é rotineiramente negociada em troca de "serviços gratuitos".1 


O que emerge é o que pode ser denominado "Grande Irmão Distribuído".1 Em vez de um controle monolítico e centralizado, o poder é exercido por uma rede interconectada de atores, onde o governo se alinha com o setor privado em parcerias público-privadas opacas.1 Um exemplo concreto é o investimento de US$ 7,8 bilhões em tecnologias de imigração por parte do governo federal dos EUA desde 2020, em parceria com 263 empresas.10 


A funcionalidade de controle social é a mesma do modelo chinês; a diferença é que a vigilância é um subproduto do capitalismo de consumo, e a responsabilidade por violações de privacidade é diluída.1 


O "cidadão consumerista" não é apenas uma vítima passiva da vigilância, mas participa ativamente na construção do "Grande Irmão Distribuído" ao voluntariamente ceder sua privacidade em troca de conveniência, tornando o mecanismo de controle uma característica desejada de seu estilo de vida (destacou-se).1



4. O Fascismo Brasileiro: O Estamento Burocrático e Suas Ferramentas


O "Estamento Burocrático Brasileiro" é a manifestação local de um modelo de poder global que o documento anexo denomina "Fascismo 2.0".1 A estrutura de poder no Brasil não é um fenômeno recente, mas a evolução e a sofisticação de uma estrutura secular com raízes no "caudilismo" e "coronelismo" do período pré-republicano e da Primeira República.1 O "coronel" que controlava milícias privadas e o clientelismo foi substituído por uma tríade de poder que se retroalimenta: os banqueiros da Faria Lima, os latifundiários do Agronegócio e os políticos de Brasília.1 O poder real não se manifesta mais pela força bruta direta, mas por mecanismos econômicos e jurídicos muito mais sutis e pervasivos.1


4.1. A Dinâmica Econômica da Apatia: Rentismo e Falência Seletiva


A dinâmica econômica do "Fascismo Brasileiro" é regida pelo rentismo, com a política monetária de juros altos como pilar central.1 O principal mecanismo que beneficia o Estamento Burocrático é o carry trade, uma estratégia na qual investidores tomam empréstimos em moedas com juros baixos (como o dólar) e investem em títulos de dívida de países com juros altos, como o Brasil, para lucrar com a diferença de rendimento.1 Essa política de juros altos desestimula o investimento produtivo na economia real, marginalizando o desenvolvimento do mercado de consumo interno e canalizando a riqueza para a "renda fixa," onde o capital da elite rentista se multiplica sem a necessidade de trabalho, inovação ou risco.1


Paralelamente, o sistema subverte a lógica de mercado por meio da "falência seletiva de 'campeões nacionais'".1 Em vez de permitir que grandes empresas com dívidas colossais sejam submetidas à falência, o sistema as "salva" por meio de complexas reestruturações.1 O caso da Oi é um exemplo emblemático.12 A empresa entrou com um dos maiores pedidos de recuperação judicial da história do país, com uma dívida de R$ 65 bilhões.12 Em vez de falir, passou por um longo processo de reestruturação que incluiu a venda de ativos e descontos na dívida.12 Esse padrão, que também ocorreu em casos como a aquisição da Sadia pela Perdigão, demonstra um "sistema de privilégios" que subverte o liberalismo nominal e revela o caráter tecnocrático do modelo: o poder reside na capacidade de manipular as regras do sistema, incluindo as normas jurídicas e econômicas, para garantir a continuidade de um grupo de poder.1


4.2. O Ativismo Judicial como o Último Bastão do Hard Power


A instrumentalização do hard power no Brasil é particularmente singular, pois a coerção é internalizada no próprio Judiciário.1 O Supremo Tribunal Federal (STF) atua como um "braço de hard power" para o Estamento Burocrático, exercendo um papel de "garantidor institucional" na manutenção do status quo.1 A "judicialização da política" não é um sintoma de democracia, mas de um sistema onde a elite de poder usa a lei de forma "protetora" para neutralizar desafios.1


O "Inquérito das Fake News" (Inq. 4781) é um exemplo emblemático dessa dinâmica.1 A instauração do inquérito pelo próprio presidente do STF, sem a solicitação de outro órgão como o Ministério Público, permitiu que a Corte atuasse como investigadora, acusadora e julgadora de casos que a envolvem diretamente.1 O uso da "legalidade" regimental como um manto para decisões essencialmente ideológicas permite ao Judiciário se tornar um ator político que neutraliza ameaças ao sistema que o garante.1 Outros exemplos de ativismo judicial que demonstram esse padrão incluem o julgamento sobre a interrupção da gestação até o terceiro mês e a suspensão da nomeação de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal.16 O ativismo judicial é, assim, o estágio final e mais sofisticado do hard power no "Fascismo Brasileiro".1


Tabela 2: Convergência Funcional do Poder: do Fascismo Clássico ao Estamento Burocrático Brasileiro


Característica

Fascismo Clássico (Itália/Alemanha)

Modelo Chinês (RPC)

Modelo Ocidental (EUA/Europa)

Modelo Brasileiro (Estamento Burocrático)

Ideologia Central

Ultranacionalismo, hierarquia racial.1

Comunismo (nominal), ultranacionalismo tecnológico.1

Liberalismo Nominal, Ideologia do Consumo.1

Liberalismo nominal, Rentismo, Ideologia do Consumo.1

Relação Estado-Partido

Fusão total entre Estado e um único partido, liderado por uma figura carismática.1

Fusão, com o PCC em hierarquia superior ao Estado.1

Fusão entre Estado e Big Tech; poder exercido por um "Grande Irmão Distribuído".1

Fusão entre Estado, Partidos e Iniciativas Econômicas; poder exercido por um "Estamento Burocrático" com interdependência de interesses.1

Modelo Econômico

Economia mista, intervencionista e militarista.1

"Capitalismo de Estado", instrumentalizando o mercado para fins estatais estratégicos.1

"Capitalismo de Vigilância", onde o mercado co-opta o comportamento de consumo.1

"Capitalismo de Estado" extrativista e rentista, orientado para o carry trade e a exportação de commodities.1

Método de Controle Social

Repressão violenta, terror policial e propaganda de massa.1

Sistema de Crédito Social, vigilância digital ubíqua, censura de informação.1

Vigilância por parcerias público-privadas, análise de dados de consumo e mídias sociais.1

Co-optação de servidores públicos, militarização da polícia, desarmamento da população e ativismo judicial.1

Método de Expansão

Imperialismo territorial e militar.1

"Imperialismo infraestrutural e digital" via Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI).1

Sanções econômicas, soft power cultural/digital, guerra de informação e operações psicológicas.1

Projeção de poder econômica regional (ex: BRICS), não se aplica de forma territorial.1



5. O Roteiro para a Excelência: Superando a Apatia e a Falência Intelectual


A solução para a atual condição de "cidadão consumerista" reside em uma conscientização auto-crítica de seus vícios. 


O primeiro passo é o reconhecimento de que a mudança deve ser interna, baseada na adoção de comportamentos diferentes e baseados em técnicas e métodos diferentes. A apatia e a falência intelectual do indivíduo não são problemas irresolúveis, mas um estado mental que pode ser superado por meio da busca pela excelência e pela internalização de uma bússola intelectual.


O artigo já escrito "O mínimo que você precisa saber para falar sobre qualquer coisa com qualquer pessoa" 1 oferece um roteiro prático para essa transformação, focado em clareza epistemológica e ética.


A Bússola Epistemológica: Fato, Lei e Teoria


O pensamento crítico começa com a capacidade de distinguir entre os diferentes domínios do saber. A ciência, por exemplo, diferencia fato, lei e teoria.1 Um fato é uma observação verificada, como "uma maçã cai em direção à Terra".1 Uma lei é uma descrição concisa de um fenômeno, como a "Lei da Gravitação Universal de Newton," que descreve como os objetos se atraem.1 Por fim, uma teoria é uma explicação bem testada do porquê de um fenômeno.1 A Teoria da Relatividade Geral de Einstein, por exemplo, não contradisse a Lei de Newton, mas a refinou, explicando a gravidade como a curvatura do espaço-tempo e oferecendo um modelo mais abrangente e preciso.1


A distinção entre conhecimento a priori e a posteriori também é vital.1 O conhecimento a priori é justificado independentemente da experiência, como a matemática e a lógica.1 Já o conhecimento a posteriori depende da observação e da experiência para ser validado, como as ciências empíricas.1 Tentar refutar um teorema matemático (a priori) com evidências empíricas (a posteriori) seria um erro categórico, pois o domínio do argumento impõe as regras de sua validação.1


Problemas Físicos vs. Paradoxo Lógico


A capacidade de discernir entre um problema físico e um paradoxo lógico é um passo crucial para um raciocínio eficaz.1 O Problema dos Três Corpos, que busca calcular as trajetórias de três massas que interagem gravitacionalmente, é um exemplo clássico de um problema físico.1 Embora não tenha uma solução geral em forma fechada para qualquer configuração inicial e seja caótico, ele não é logicamente impossível e pode ser resolvido com métodos numéricos ou em casos especiais.1 


Em contraste, o Paradoxo do Barbeiro ("Um barbeiro faz a barba de todos os homens que não a fazem. O barbeiro faz sua própria barba?") é uma contradição inerente a um sistema de raciocínio.1 Compreender a diferença entre o problema dos três corpos (um problema científico com uma solução caótica, mas existente) e o paradoxo do barbeiro (uma contradição lógica que exige a reavaliação de premissas) é fundamental.1 Esse discernimento permite ao indivíduo aplicar as ferramentas de análise corretas, evitando o erro de tentar solucionar um impasse lógico com ferramentas da fisica, ou vice-versa.1


A Reconstituição Ética do Diálogo


A clareza intelectual deve ser complementada por uma ética da argumentação. O Imperativo Categórico de Kant oferece uma bússola moral: uma ação só é válida se a sua regra puder ser universalizada sem contradição.1 


No contexto corporativo, o escândalo "Dieselgate" da Volkswagen é um exemplo prático de sua violação. A empresa instalou um software ilegal para manipular testes de emissão, violando a confiança dos reguladores e consumidores. A "máxima" de enganar para obter lucro não pode ser universalizada, pois se todas as empresas agissem assim, o sistema de regulamentação e o próprio mercado entrariam em colapso.


A Ética do Discurso de Jürgen Habermas e Karl-Otto Apel


A ética argumentativa leva esse princípio kantiano para o campo da interação social.1 Para eles, a validade de uma norma ética ou jurídica só é alcançada por meio de um diálogo livre de coação, onde todos os afetados têm a oportunidade de participar em condições de igualdade.1 O ativismo judicial, como exemplificado pelo Inquérito das Fake News (Inq. 4781) no STF, pode ser visto como uma violação desse princípio.1 Ao atuar como investigador, acusador e julgador de seus próprios casos, o Judiciário subverte a base do diálogo e do devido processo, violando a premissa de um debate livre e equitativo.1


A crise do Ocidente, que o torna vulnerável a modelos como o "Fascismo 2.0," é, em sua essência, um vácuo moral e de identidade, como caraterística da personalidade inerente a todos os atuais “cidadãos consumeristas” contemporâneos, em especial os da “Geração Z”. 

A única solução é uma renovação ética e o cultivo de um cidadão emancipatário, capaz de pensar criticamente e de agir com responsabilidade cívica.1



6. Considerações Finais: Roteiros para o Futuro?


A ascensão do modelo tecnocrático consumerista é um reflexo direto das fragilidades internas causadas por uma ordem liberal orgânica, porém não cautelosa em sua ética de berço, diferentemente das culturas milenares orientais taoismo, xintoísta e legalista.1 


O "cidadão consumerista," que privilegia o consumo em detrimento do engajamento cívico, é a base social que sustenta o "Fascismo 2.0".1 A apatia popular permite que o poder se manifeste de forma velada, seja através da militarização policial, do desarmamento da população ou do ativismo judicial, sem encontrar resistência social organizada.1 


A solução para o problema macro, portanto, não reside em uma revolução política, mas em uma revolução pessoal, epistemológica e ética auto crítica e não materialista.


A busca por essa transformação se inicia com o reconhecimento de uma única verdade objetiva pré-existente em comum para todos, independentemente da visão de mundo (Libenswelt) ou do estado de espírito (Zeitgeist). 


Essa verdade pode ser acessada tanto de maneira fenomenológica, por meio de um axioma aristotélico, que se manifesta (independentemente de ser meramente conjectural, efetivamente real ou transcendental…) como uma verdade óbvia e perceptível a todos 12, quanto de forma ontológica, através de um imperativo categórico meramente conjectural 21 , tal como o “bem comum” ou o “equilíbrio” se dá no dualismo das religiões e filosofias panteístas orientais.


Essa abordagem dialoga com as filosofias de São Tomás de Aquino, que buscava a fundamentação da moral na natureza humana 13, de Kant, que estabeleceu um imperativo incondicional baseado na razão, e de Miguel Reale, que explorou a ideia de "Verdades e Conjecturas" ao buscar uma verdade que fosse parcelar, mas que se integrasse a uma Verdade maior.23 (Destacou-se)


Ao buscar essa base comum, é possível evitar os vícios da Gnose, do voluntarismo e do nominalismo, que levam o indivíduo a "crer no que deseja crer" em vez de buscar o conhecimento objetivo.13 (Destacou-se)


Essa busca pela verdade deve ser imparcial aos próprios interesses, mas ao mesmo tempo deve tomar a condição humana como centro, baseada na autopreservação e na autoconsciência crítica


A ética argumentativa de Hans-Hermann Hoppe postula que a própria prática de argumentar pressupõe o reconhecimento da autopropriedade e da propriedade privada, pois não se pode argumentar sem a capacidade de controlar o próprio corpo e os recursos escassos.26 


Isso estabelece uma fundação para a busca do próprio interesse, mas em uma proporção limitada pelo interesse de seus semelhantes


Já a ética do discurso de Jürgen Habermas, embora não ligada diretamente à "teoria das redes sociais" como um campo de estudo específico, pode ser aplicada a esse contexto.27 Habermas argumenta que a legitimidade do consenso só se alcança em um diálogo livre e sem coerção.28


A superação do "cidadão consumerista" exige a busca pela excelência aristotélica em tudo o que se faz. (Destacou-se). 


O termo grego para virtude (aretê) significa "excelência" 2, e Aristóteles via a felicidade como uma atividade da alma (animus) conforme a virtude e a razão.9 


Essa excelência deve ser aplicada também às relações sociais, que podem ser baseadas na experiência milenar chinesa do guanxi (barganha e relações recíprocas) e do mianzi (crédito e "face").5 


Em mandarim (chinês - Pin Inn), "guanxi" escreve-se 关系 e "mianzi" escreve-se 面子. 


"Guanxi" (关系) refere-se às redes de relações sociais baseadas na confiança mútua e obrigações recíprocas, com fundamento ético moral baseado na “equidade”, enquanto "mianzi" (面子) significa literalmente "rosto" e representa prestígio, reputação e a necessidade de manter a dignidade social, sendo a sinergia consuetudinária desses conceitos como crucial nas interações chinesas, influenciando a necessidade de manter a face e a reputação, tanto a própria quanto a de outros.


Esses conceitos, profundamente enraizados na cultura chinesa, enfatizam a construção de redes de confiança e a troca de favores de longo prazo, fornecendo um modelo para a interação social que vai além do imediatismo e do atomismo ocidental.5


Com essas diretrizes éticas e morais, o Ocidente pode mitigar os "excessos ideológicos" dos últimos três séculos, caracterizados pelos três problemas sinergéticos do hedonismo, relativismo e materialismo.31 Essa abordagem permite o resgate de instituições ocidentais tradicionais, como a virtude como uma ordem de valores, o pacto social entre a livre iniciativa e as regras do jogo, e a legalidade baseada em direitos fundamentais 2, baseando-se nas liberdades públicas fundamentais, que limitam o poder estatal e garantem a autodeterminação.34 (Destacou-se)


Direitos promocionais, por outro lado, podem ser vistos como de natureza consuetudinária, sendo efetivos apenas quando consagrados como um direito comum local, e, caso sejam levados em consideração pela opinião pública para serem empregados, que sejam por meio de fomento de políticas públicas de iniciativa exclusiva do Poder Executivo, através de sua máquina administrativa, e se for necessário sua regulamentação, que seja feito por meio do seu respectivo Poder Legislativo competente e, havendo a necessidade de controle judicial de eventuais vícios de inconstitucionalidade ou de legalidade, que baste o Poder Judiciário, contramajoritário e predominantemente  técnico, a sua estrita declaração de nulidade, seja de forma imediata ou parcelada, mas não se permitindo, inclusive em caráter absoluto, o emprego de nenhum recurso hermenêutico promocional, característico (tal como compreendidos atualmente, em elevadíssimo grau de compressibilidade e tecnicidade…) do “ativismo judicial”, em especial da prática de “judicialização das políticas públicas”, relegando os embates políticos de forma exclusiva as casas legislativas e as chefias do executivo, com seus diálogos institucionais partidários e, eventuais omissões, inclusive com base de mandamentos normativos constitucionais, sejam considerados como encargos toleráveis ao eleitorado, enquanto elegem representantes “incompetentes” ou “corruptos”, não permitindo ao Poder Judiciário (nem mesmo a sua Suprema Corte Constitucional) essa tutela política, mesmo sob a justificativa de resguardo de Direitos Fundamentais, focando, ao invés disso, a responsabilização institucional e legal precosse dos seus representantes eleitos, buscando mecanismos jurídicos de responsabilização mais céleres e efetivas, tais como “recall”, ao invés do “impeachment”.34 (Destacou-se)


A restauração desses pilares éticos e jurídicos torna a cidadania política novamente praticável e desejada, superando os obstáculos burocráticos e tecnocráticos impostos pelo Estamento Burocrático Brasileiro. (Destacou-se)


O roteiro para o futuro, conforme proposto, é pragmático: "Fazer planos altamente produtivos, listando hábitos diários e se acostumar a cumpri-los de maneira absoluta" nos dizeres de Guilherme Freire. 


Ao internalizar as ferramentas intelectuais e éticas discutidas com expectativas participativas proporcionais realistas no exercício do poder institucional, em repúdio categórico a qualquer protecionismo característico dos “fatores reais do poder” do “Estamento Burocrático”, o indivíduo constrói (desejável e crente por isso) a fundação para uma nova era de engajamento e pensamento crítico. (Destacou-se).


O combate contra o "Fascismo 2.0" não é apenas uma batalha geopolítica ou jurídica, mas uma batalha pela alma do indivíduo


Em última análise, a "luz ao final desse longo túnel" que vivemos só pode ser encontrada na capacidade humana de transcender a condição de mero consumidor para se tornar um cidadão plenamente consciente e engajado.



OBSERVAÇÃO


O presente artigo (paper) se trata de um rascunho para os demais fins oficiais e acadêmicos, dependendo de critérios de validação, como análise editorial para publicação em periódicos de autoridade no respectivo segmento científico em exposição, bem como de análise de pares, para convalidação dos fundamentos e argumentos trazidos ao presente artigo.




7. Referências


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  2. BARRETO, Marcelo Menna. Brasil vive Síndrome de Estocolmo com a Faria Lima. Extra Classe. Disponível em: https://www.extraclasse.org.br/economia/2025/03/brasil-vive-sindrome-de-estocolmo-com-a-faria-lima/. Acesso em: 16 ago. 2025.1

  3. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Inquérito 4781/DF. Disponível em:(https://static.poder360.com.br/2023/05/Telegram-Moraes-10mai2023.pdf). Acesso em: 16 ago. 2025.1

  4. CK-12 FOUNDATION. Qual é a diferença entre uma lei científica e uma teoria científica?. Disponível em: https://www.ck12.org/flexi/pt-br/ciencias-da-vida/teorias-cientificas/qual-e-a-diferenca-entre-uma-lei-cientifica-e-uma-teoria-cientifica/. Acesso em: 10 jun. 2024.1

  5. FRONTEIRAS DO PENSAMENTO. 21 Ideias: Marcelo Gleiser e a complementaridade entre religião e ciência. Fronteiras do Pensamento. Disponível em: https://www.fronteiras.com/leia/exibir/21-ideias-marcelo-gleiser-e-a-complementaridade-entre-religiao-e-ciencia. Acesso em: 10 jun. 2024.1

  6. GOULD, Stephen Jay. Nonoverlapping Magisteria. ResearchGate. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/242780580_Nonoverlapping_Magisteria. Acesso em: 10 jun. 2024.1

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  8. INFOMONEY. Carry Trade: entenda por que a queda de juros no Brasil está derrubando o real hoje. Infomoney. Disponível em: https://www.infomoney.com.br/mercados/carry-trade-entenda-por-que-a-queda-de-juros-no-brasil-esta-derrubando-o-real-hoje/. Acesso em: 16 ago. 2025.1

  9. KANT, Immanuel. Apud: GOMES, Odair Pereira. A Analítica da Razão Pura Prática e a Dialética da Razão Pura Prática: a moralidade na Fundamentação da Metafísica dos Costumes. UFMS. Disponível em:(https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/644681/2/UFMS-OdairPereira-Turma2017-2019.pdf). Acesso em: 10 jun. 2024.1

  10. MUNDO EDUCAÇÃO. Caudilismo: o que foi, objetivos, resumo. Mundo Educação - UOL. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/caudilismo.htm. Acesso em: 16 ago. 2025.1

  11. TERRA. Justiça encerra processo de recuperação judicial da Oi. Agência Brasil. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-12/justica-encerra-processo-de-recuperacao-judicial-da-oi. Acesso em: 16 ago. 2025.1

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  48. Direitos Fundamentais da CF88: características e conceito! - Aurum, acessado em setembro 14, 2025, https://www.aurum.com.br/blog/direitos-fundamentais/

  49. Direito Consuetudinário: O que é, exemplos e seus requisitos! - Aurum, acessado em setembro 14, 2025, https://www.aurum.com.br/blog/direito-consuetudinario/


 
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